Menopausa

A maioria dos sintomas da menopausa é temporária, como suor noturno ou as famosas ondas de calor. Outros sintomas, pelo contrário, podem durar mais tempo.

A menopausa é o período pelo qual as mulheres passam quando param de menstruar. Geralmente, ocorre perto dos 45 anos. No entanto, essa referência de tempo é variável para cada pessoa.

É um processo longo e progressivo associado à diminuição da produção de hormônios. Tanto os estrogênios quanto a progesterona diminuem.

Como já dissemos, isso não acontece repentinamente, mas sim segue uma série de etapas :

• Em primeiro lugar, ocorre a perimenopausa: é o período que compreende os anos anteriores à menopausa (em que já estão ocorrendo alterações físicas e hormonais) e o ano após a última menstruação.
• Então é a vez da pré-menopausa: intervalos de 2 a 8 anos que precedem a menopausa.
• Climatério : intervalo de tempo que ocorre entre a pré-menopausa e a pós-menopausa.
• A última fase é a pós-menopausa: aparece entre um ano e 6 anos após a menopausa.

Durante todo esse tempo, a mulher passa por mudanças físicas e hormonais que podem produzir uma série de sintomas que veremos ao longo do artigo.

O que pode acontecer comigo durante a menopausa?

Segundo a AEEM (Associação Espanhola para o Estudo da Menopausa), estima-se que até 75% das mulheres entre 45-50 anos apresentem algum dos sintomas agudos associados às alterações hormonais nesta fase.

A maioria desses sintomas é temporária, como suor noturno ou as famosas ondas de calor. Outros, pelo contrário, podem durar mais tempo. Apesar de não representarem nenhum risco à saúde da mulher, são um tanto desagradáveis e incômodos, afetando inclusive a qualidade de vida.

Nesse sentido, o aparecimento dos sintomas pode ocorrer em várias etapas:

• Curto prazo: fragilidade emocional, sudorese, ondas de calor, irritabilidade, palpitações, nervosismo e tendência à obesidade, entre outros.
• Médio prazo: alterações na musculatura, na pele e no aparelho geniturinário.
• Longo prazo: osteoporose e aumento do risco de doença cardiovascular.

O que exatamente são as ondas de calor ou fogachos?

Focamos nas ondas de calor porque são o sintoma mais comum e podem ser sintoma o mais incómodo. As ondas de calor começam na fase pré-menopáusica e desaparecem gradualmente com o tempo. Geralmente duram entre 5 meses e 6 anos, dependendo da mulher.

Manifestam-se na forma de um início súbito e abrupto de calor no rosto, pescoço e peito. Essas manifestações são seguidas de sudorese, com consequente queda da temperatura corporal e aumento da frequência cardíaca.

Uma característica distintiva é que são mais frequentes à noite, por isso às vezes interrompem o ciclo normal de sono da mulher e podem durar até 4 minutos.

Como posso aliviar os sintomas?

Como a menopausa é inevitável e não pode ser interrompida, o tratamento terá como objetivo aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo e médio prazo.

A seguir, explicamos uma série de medidas que podem ser úteis para aliviar os sintomas e cumprir o objetivo do tratamento:

• Vá ao médico regularmente para detectar o risco de aparecimento de uma doença associada, como a osteoporose.
• Vá ao ginecologista regularmente para exames de mamografia e citologia. Isso ajudará a prevenir complicações.
• Tente não fumar. O tabaco aumenta muito a possibilidade de ataques cardíacos e câncer de pulmão, entre outros.
• O seu médico pode indicar a sua terapia de reposição hormonal (TRH). Este tratamento é eficaz na melhora dos sintomas depressivos. Graças a ela, são repostos os estrogênios que os ovários param de produzir na menopausa e que são os hormônios responsáveis pelas funções sexuais femininas.

Complicações na menopausa

Após a menopausa, a probabilidade de uma mulher ter certas condições aumenta. Entre elas estão:

• Doenças cardiovasculares: quando os níveis de estrogênio diminuem, aumenta o risco de sofrer esse tipo de doença. Portanto, é importante fazer exercícios regularmente, comer de forma saudável e variada e manter o peso ideal.
• Osteoporose: esta doença faz com que os ossos se tornem mais fracos e quebradiços. Como consequência, o risco de fraturas aumenta.
• Incontinência urinária: À medida que os tecidos da vagina e da uretra perdem elasticidade, a vontade de urinar com frequência e repentinamente aumentam. Às vezes, há até perda involuntária de urina. Também é comum o aumento de infecções do trato urinário.