Estômago inflamado: causas e o que fazer

Infelizmente, existem várias causas que podem explicar o aparecimento de uma sensação de estômago inchado, a maioria delas relacionadas com a ingestão de determinados alimentos.
Estômago inflamado: causas e o que fazer

Última atualização: 07 junho, 2023

O estômago embrulhado é uma das doenças mais comuns em homens e mulheres em todo o mundo. Geralmente se apresenta na forma de peso, cólicas e distensão abdominal. Você está interessado em saber quais são as causas e o que fazer com um estômago inflamado? Em seguida, vamos dizer a você.

O termo estômago inflamado refere-se à sensação de distensão e inchaço no abdômen, frequentemente acompanhada por desconforto gástrico e plenitude. Essa condição é comum em adultos e geralmente está associada a hábitos alimentares inadequados.

Causas de um estômago inflamado

Em geral, essa condição pode ser desencadeada por vários fatores, sendo a má digestão e o consumo excessivo de alimentos os principais culpados. Um estômago inflamado geralmente não representa um problema sério para o corpo. No entanto, requer tratamento oportuno para evitar complicações futuras.

1. Excesso de consumo de alimentos

A ingestão de grandes quantidades de alimentos costuma estar associada a uma sensação constante de plenitude ou inchaço no estômago. Isso se deve ao fato de a ocupação gástrica e a capacidade de digestão terem sido excedidas. Nesse sentido, o bolo alimentar fica retido por mais tempo, causando a sensação de estômago inflamado.

O consumo de alimentos em alta velocidade também contribui para a apresentação dessa entidade. Em geral, esse comportamento alimentar retarda o envio de sinais de saciedade ao cérebro, o que favorece a ingestão de mais alimentos.

Além disso, é comum que, ao seguir esse tipo de dieta, as pessoas não mastiguem os alimentos de maneira adequada e dificultem a ação das enzimas digestivas. Por esse motivo, o trânsito intestinal fica mais lento, que se manifesta com inflamação do estômago, refluxo ácido, arrotos e prisão de ventre.

O que fazer?

Você pode evitar essa sensação desagradável no estômago com pequenas mudanças no estilo de vida. Nesse sentido, é aconselhável reduzir progressivamente a quantidade e a frequência das mamadas. Desta forma, o corpo se adaptará a porções menores e a repartição dos alimentos será facilitada.

Por outro lado, é vital garantir a mastigação adequada dos alimentos. Para isso, é aconselhável mastigar de 30 a 50 vezes para cada mordida, ou pelo menos por 30 segundos. Estudos sugerem que, desta forma, estimula-se uma melhor digestão dos alimentos e diminui-se o risco de sobrepeso ou obesidade.

2. Maus hábitos alimentares

O estômago inflamado e a influência da dieta
Mais cedo ou mais tarde, o consumo de alimentos ultraprocessados pode causar distúrbios gastrointestinais.

A dieta e a seleção de alimentos desempenham um papel fundamental na maioria das condições gastrointestinais. Em geral, alimentos ricos em gordura e alimentos industrializados demoram mais para digerir. Isso ocorre porque eles são processados por uma via metabólica mais complexa.

Além disso, a microbiota intestinal é capaz de atuar sobre esse tipo de alimento, aumentando a produção de gases. Por esse motivo, as pessoas afetadas costumam ter uma sensação de distensão abdominal, estômago inchado, flatulência e arrotos.

Os carboidratos complexos, grãos e farinhas refinadas podem ter um efeito semelhante no corpo. Esses alimentos são sensíveis à fermentação gastrointestinal com liberação excessiva de gases. Pacientes com intestino irritável apresentam alto risco de inchaço do estômago ao consumir esses alimentos.

O que fazer?

A correção do hábito alimentar é a principal medida de prevenção dessa condição. Os nutricionistas podem ser de grande ajuda na elaboração de um plano alimentar adequado às necessidades de cada indivíduo.

Algumas pesquisas sugerem que o teor de gordura na dieta deve representar no máximo 30% do valor calórico total. Da mesma forma, é recomendado que as gorduras saturadas constituam menos de 10% e as gorduras trans menos de 1%.

Por outro lado, é aconselhável reduzir ou eliminar o consumo de alimentos ultraprocessados ricos em açúcares. Desta forma, não só o risco de sofrer de inflamação do estômago é reduzido, mas também de doenças metabólicas como a diabetes mellitus.

3. Dispepsia

A dispepsia também é freqüentemente chamada de indigestão. Este termo se refere a desconforto ou dor que se origina na parte superior do abdômen. Além disso, as pessoas afetadas costumam ter uma sensação de estômago inchado, azia, náuseas e náuseas.

Essa condição costuma estar relacionada ao consumo de alimentos altamente picantes e bebidas irritantes, como café e refrigerantes. Da mesma forma, existem fatores emocionais que podem atuar como desencadeadores de indigestão, como depressão, ansiedade e estresse.

Por outro lado, o consumo de alguns medicamentos também está associado à dispepsia e inflamação do estômago. Corticosteroides e antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), como ibuprofeno e diclofenaco, são alguns dos principais culpados. Em alguns casos, também está associado à presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori.

O que fazer?

O tratamento da dispepsia baseia-se no alívio dos sintomas e na realização de algumas mudanças no estilo de vida. O médico gastroenterologista (aparelho digestivo) é o responsável por identificar esta patologia e orientar a pessoa na recuperação da sua saúde.

As recomendações farmacológicas podem incluir o uso de antiácidos e protetores gástricos, como o omeprazol. Da mesma forma, a pessoa afetada deve evitar o consumo de café, álcool e refrigerantes. Além disso, é fundamental manter uma alimentação saudável, pobre em gorduras e rica em vegetais.

4. Intolerância alimentar

A intolerância alimentar refere-se à manifestação de reações secundárias no corpo após uma refeição. Estudos estimam uma prevalência de reações adversas aos alimentos em adultos que excede 30%.

Pessoas com intolerância alimentar são incapazes de digerir alimentos específicos. Isso promove o aparecimento de vários sintomas, como sensação de estômago inchado, dor abdominal, náuseas e peso abdominal.

O glúten nas farinhas e cereais, assim como a lactose no leite, são alguns dos agentes responsáveis pela doença. No entanto, as pessoas também podem manifestar reações adversas ao consumo de crustáceos, nozes e algumas frutas.

O que fazer?

O diagnóstico de intolerância alimentar é feito por um gastroenterologista. Nesse sentido, é aconselhável procurar atendimento médico o mais rápido possível, antes do aparecimento dos sintomas relacionados a essa condição. Da mesma forma, é fundamental abandonar o consumo de alimentos relacionados ao quadro clínico.

5. Infecções

Um estômago inflamado pode estar associado à diarreia
Além do inchaço, quando ocorre uma infecção gastrointestinal, outros sintomas, como diarreia, mal-estar ou febre, costumam aparecer.

As infecções por certos parasitas, bactérias e vírus podem ser responsáveis por um grande número de sintomas gastrointestinais. Nesse sentido, a parasitose por agentes como Giardia lamblia e Entamoeba histolytica costuma desencadear diarreia, vômito, dor abdominal, náusea, flatulência e inflamação do estômago.

Por outro lado, bactérias como Escherichia coli e Helicobacter pylori também podem invadir a mucosa gástrica e causar desconforto abdominal. Esses tipos de infecções podem ser acompanhados por ulceração, azia, perda de apetite e excesso de gases. Em crianças, infecções por vírus como rotavírus e norovírus são muito comuns.

O que fazer?

Se houver suspeita de infecção gastrointestinal, deve-se procurar atendimento médico profissional o mais rápido possível. O tratamento dependerá do agente ou germe responsável e da gravidade do quadro clínico. Em caso de diarreia e vômitos, é fundamental manter uma ingestão adequada de líquidos.

Os sintomas de inflamação do estômago diminuem progressivamente à medida que a infecção desaparece. Além disso, é aconselhável manter uma alimentação saudável, evitando alimentos processados ricos em açúcar ou gordura.

Uma condição que não deve passar despercebida

Na maioria dos casos, a inflamação do estômago é um sinal de que algo não está funcionando bem no nível gastrointestinal. Em geral, é o resultado de ofensas alimentares ou doenças leves que podem ser facilmente resolvidas. No entanto, a falta de tratamento pode levar a várias complicações em longo prazo.

Por outro lado, um profissional de saúde deve ser consultado imediatamente se o desconforto persistir ou outros sintomas forem acrescentados. Os médicos são treinados para identificar a causa específica dessa condição e fornecer tratamento imediato.



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