O que é catarata?

A cirurgia de catarata é recomendada quando a catarata começa a interferir com o desempenho adequado das atividades diárias. Veja o que você precisa saber sobre este problema ocular.
O que é catarata?

Escrito por Daniela Andarcia

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A visão turva ou “embaçada” pode se formar no cristalino do olho. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, é comum que ela apareça como parte do envelhecimento natural, sendo a principal causa de perda de visão em adultos com mais de 55 anos.

Geralmente causa visão turva e, dependendo do caso, o tratamento pode ir desde a utilização de óculos mais grossos até a cirurgia de catarata, que consiste na troca do cristalino do olho. Mostramos tudo o que você precisa saber sobre essa patologia.

Tipos de catarata

A catarata é um problema ocular comum
O globo ocular é uma estrutura muito complexa no nível microscópico. Por esse motivo, a catarata pode ser classificada de acordo com a camada do cristalino envolvida.

Há quem compare o cristalino a uma cebola, pois tem camadas diferentes. O externo é chamado de cápsula, o meio é conhecido como córtex e o interno é chamado de núcleo. Assim, os tipos de catarata diferem na parte do cristalino que afetam. Vamos ver mais abaixo.

  • Nuclear. É aquele tipo que aparece na camada intermediária do cristalino, e faz com que o núcleo adote uma cor amarela ou marrom.
  • Cortical. Em forma de cunha, esse tipo começa a aparecer em torno da camada interna ou do núcleo.
  • Capsular posterior. Esse tipo tende a se desenvolver mais rapidamente do que os anteriores e a área em que aparecem é a camada posterior externa da lente.

Outra maneira de classificar a catarata é pela forma como ela se desenvolve. Isso inclui o seguinte:

  • Congênita. Caracterizada por estar presente no recém-nascido ou por ser formada no primeiro ano. Felizmente, ela não é tão frequente quanto outros casos.
  • Secundária. Causada por uma doença (diabetes, glaucoma, entre outras) ou pela ingestão de certos medicamentos.
  • Traumática. Ela aparece de uma lesão no olho. No entanto, existem casos em que pode demorar vários anos até que se desenvolvam.
  • Por radiação. Depois de passar por um tratamento de radiação para o câncer, por exemplo, pode aparecer.

Sintomas

A catarata pode aparecer em um ou nos dois olhos, embora não se forme ao mesmo tempo, não causa dolor e, a princípio, também não afeta a visão. No entanto, com o tempo, ela piora e a acuidade visual diminui. Os sintomas mais comuns são os seguintes:

  • Visão turva.
  • Maior sensibilidade à luz.
  • Aparecem halos ao redor das luzes.
  • Problemas de visão noturna.
  • Deficiência de visão de cores.
  • Visão dupla.
  • Mudança frequente de óculos graduados.
  • Alterações na percepção de profundidade.

Além disso, se não for tratada pode levar à cegueira completa.

Causas e fatores de risco

O cristalino, também chamado de lente natural do olho, é uma estrutura composta por água e proteínas, cuja função é focar a luz e gerar imagens que desfrutam de clareza e nitidez. No entanto, o envelhecimento faz com que proteínas e células mortas sejam armazenadas nesta parte do olho, formando a catarata e, por fim, prejudicando a visão.

Além do envelhecimento, outros fatores de risco incluem o seguinte:

  • Fumar ou consumir álcool em excesso.
  • Ter doenças como glaucoma ou diabetes.
  • Sofrer um ferimento no olho.
  • Radioterapia.
  • Estar acima do peso ou ser obeso.
  • Exposição  à radiação ultravioleta.
  • Usar esteróides, estatinas e outros medicamentos por muito tempo.
  • Ter uma cirurgia ocular ou ter histórico familiar de catarata.

Diagnóstico

Se houver suspeita de catarata, o médico fará um exame oftalmológico completo. Isso inclui o seguinte:

  • Teste de acuidade visual.
  • Tonometria.
  • Teste de sensibilidade ao contraste.
  • Exame da lâmpada de fenda.
  • Exame de retina.
  • Teste de acuidade potencial.

Tratamento

A catarata pode ser operada
Os procedimentos cirúrgicos destinados a reverter a catarata estão se tornando menos invasivos e mais eficazes. Além disso, a incidência de complicações é baixa.

A única cura existente para a catarata é a cirurgia. No entanto, você deve saber que quando são pequenas e não afetam a visão, não precisam de nenhum tipo de tratamento.

Além disso, existem muitas pessoas que convivem com catarata leve e combatem os sintomas com medidas como o uso de lentes corretivas mais fortes, aplicação de lágrimas artificiais e tingimento das lentes dos óculos para evitar reflexos.

Porém, quando a catarata impede as atividades diárias ou interfere no tratamento de outros problemas oculares, a cirurgia é a primeira opção e não deve ser postergada, pois quanto mais avançadas, mais complicações podem surgir durante a intervenção.

Por sua vez, o procedimento pode ser realizado de várias maneiras. Uma delas é a facoemulsificação, método que consiste em usar ondas de ultrassom para desintegrar o cristalino e depois retirá-lo por sucção.

Outra pode ser a cirurgia extracapsular, caracterizada pela retirada do cristalino em uma peça, o que requer uma incisão mais longa e, portanto, pode demorar mais para cicatrizar. Após a cirurgia, uma lente intraocular é colocada para substituir a lente.

Em geral, esse procedimento é considerado seguro e tem alta taxa de sucesso. No entanto, algumas das complicações incluem infecção, inflamação, sangramento, descolamento de retina e névoa capsular posterior.

Claro, esses problemas pós-operatórios geralmente aparecem em 1% dos casos e a maioria dos que se submetem à intervenção pode ir para casa no mesmo dia.

Prevenção

Embora não existam terapias ou medicamentos para prevenir a catarata, vários hábitos podem ajudar a reduzir o risco. Entre eles, não fumar, controlar o diabetes, proteger os olhos dos raios ultravioleta, visitar o oftalmologista regularmente e consumir antioxidantes e ácidos graxos ômega-3.




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