As 13 alergias mais comuns

As causas mais comuns de alergias são muito variadas. Elas podem variar de plantas a alimentos. Felizmente, controlá-las é fácil.
As 13 alergias mais comuns

Última atualização: 10 fevereiro, 2023

As reações alérgicas são patologias muito comuns que podem ocorrer a qualquer momento da vida. Elas estão associadas a uma resposta de hipersensibilidade imunomediada. Você está interessado em saber quais são as 13 alergias mais comuns?

Nos últimos anos, a prevalência de alergias aumentou dramaticamente nos países desenvolvidos. Estudos afirmam que as doenças alérgicas afetam mais de 20% da população mundial.

Por que ocorrem alergias?

As alergias ocorrem quando o sistema imunológico reage de forma exagerada para defender o corpo humano de um agente geralmente inofensivo denominado alérgeno. Geralmente, a resposta imune é mediada por anticorpos do tipo IgE.

A reação de hipersensibilidade é responsável pelas manifestações clínicas, como espirros, coceira, vermelhidão e olhos lacrimejantes. Da mesma forma, as alergias geralmente afetam o trato respiratório, a pele, a mucosa e as conjuntivas ou geram uma resposta sistêmica de alto risco conhecida como anafilaxia.

Por sua vez, os agentes responsáveis por essas condições podem variar de uma pessoa para outra. A maioria dos alérgenos são proteínas presentes no meio ambiente e em diversos materiais.

As alergias mais comuns

Atualmente, as doenças alérgicas são uma das causas mais frequentes de consultas na atenção primária. Elas são condicionadas por fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida de cada pessoa.

1. Alergia ao pólen

O pólen é um conjunto de pequenos e finos grãos produzidos por algumas plantas, responsáveis por sua reprodução e desenvolvimento. Na maioria dos casos, essas partículas são liberadas sazonalmente, permanecendo suspensas no ar.

Pessoas alérgicas ao pólen geralmente apresentam um quadro típico de rinite com espirros, congestão nasal, coceira e irritação nos olhos. A alergia ao pólen é uma das alergias mais comuns em crianças pequenas, especialmente durante a primavera.

Em geral, essa condição está associada à liberação de pólen por plantas como gramíneas, bananeiras, oliveiras e ciprestes. Algumas formas de prevenção incluem evitar espaços abertos com plantas abundantes e fechar janelas em dias de vento.

Rinite alérgica ao pólen.
A rinite é a apresentação clínica clássica da alergia ao pólen.

2. Alergia a ácaros

Os ácaros são minúsculos artrópodes que se acumulam em tapetes, colchões, travesseiros, lençóis, móveis e bichos de pelúcia. Costumam se alimentar de matéria orgânica e se multiplicam em ambientes quentes com certo nível de umidade. Da mesma forma, os excrementos e os restos dos ácaros contidos na poeira atuam como gatilhos para a reação alérgica.

Em geral, as manifestações clínicas variam de leves a moderadas, sendo freqüentes a congestão nasal e os espirros. No entanto, as pessoas podem ter episódios de asma com dificuldade respiratória em casos graves. Por esse motivo, os profissionais recomendam evitar o acúmulo de poeira com a limpeza doméstica de rotina e ventilação adequada do ambiente.

3. Alergia alimentar

A alergia alimentar ocorre quando o corpo desenvolve anticorpos contra as proteínas contidas em certos alimentos. Geralmente, essa é uma das alergias mais comuns em crianças pequenas e está associada ao histórico familiar. Algumas pesquisas afirmam que as alergias alimentares ocorrem em 2 a 7% dos pacientes pediátricos.

A proteína do leite de vaca costuma ser um dos principais alérgenos responsáveis por essa condição. Porém, existe um amplo grupo de alimentos que podem atuar como indutores de reações de hipersensibilidade, entre os quais se destacam:

  • Ovos.
  • Trigo e soja.
  • Amendoim, nozes.
  • Amêndoas e avelãs.
  • Peixes e frutos de mar.

Por outro lado, formigamento e inflamação na boca, garganta e rosto são alguns dos sintomas mais comuns neste tipo de alergia. Algumas pessoas tendem a ter dor abdominal, vômitos, congestão facial e falta de ar.

4. Alergia a animais de estimação

Cabelo, caspa, saliva e até urina de alguns animais de estimação podem causar reações alérgicas em adultos e crianças. Nesse sentido, o organismo gera uma reação de hipersensibilidade às proteínas presentes nas células mortas da pele e nas secreções do animal. Os gatos e os cães são os principais responsáveis por esta reação.

Coriza, congestão, espirros e tosse são alguns dos sintomas respiratórios mais comuns dessas alergias. Algumas pessoas com dermatite de contato podem desenvolver urticária.

5. Alergia a mofo

O mofo é um tipo de fungo que geralmente cresce em espaços quentes, úmidos e fechados. Ele pode ser encontrado em uma ampla variedade de superfícies, dentro e fora de casa. Nesse sentido, os esporos liberados pelo mofo são responsáveis pela reação alérgica.

Por outro lado, tosse, urticária, coceira e lacrimejamento são alguns dos sintomas mais comuns dessas alergias. Além disso, pessoas com maior suscetibilidade podem manifestar falta de ar e respiração ofegante.

6. Alergia a picadas de insetos

As alergias a picadas de insetos são uma das mais comuns ao fazer atividades ao ar livre. Geralmente, o inseto inocula certas toxinas e antígenos mordendo a pele que causa inflamação e ardência em pessoas não alérgicas. No entanto, pessoas com hipersensibilidade podem desenvolver sintomas mais graves.

Abelhas, vespas e formigas são os principais agentes responsáveis por essas alergias. No entanto, picadas de mosquitos, mutucas, lagartas, pulgas e aranhas também podem desencadear hipersensibilidade. Por outro lado, os sintomas podem variar desde uma reação local com urticária, dor e vermelhidão, até uma resposta sistêmica grave devido à anafilaxia.

7. Alergia a medicamentos

As reações de hipersensibilidade estão entre os efeitos adversos de uma ampla variedade de medicamentos. Estudos afirmam que constituem 6 a 10% dos casos de alergia. 90% são efeitos previsíveis e dependentes da dose.

A maioria das alergias a medicamentos geralmente se apresenta com urticária, erupção cutânea, coceira na pele e irritação nos olhos. Em casos graves, as pessoas podem desenvolver necrólise epidérmica, dificuldade respiratória e anafilaxia.

Alguns dos medicamentos que causam essa condição incluem o seguinte:

  • Penicilinas e cefalosporinas.
  • Sulfamidas.
  • Substâncias à base de iodo.
  • Anticonvulsivantes.
  • Insulina.

8. Alergia a baratas

As baratas, como os ácaros, podem atuar como alérgenos poderosos. Esta é uma das alergias mais comuns nas áreas urbanas. O Colégio Americano de Alergias, Asma e Imunologia (ACAAI) reconhece que saliva, fezes e restos de barata podem atuar como estimulantes para alergias e até mesmo episódios de asma.

Erupção cutânea, tosse e congestão nasal geralmente são os sintomas mais comuns nas pessoas afetadas. Da mesma forma, as manifestações clínicas podem se tornar crônicas em espaços infestados por esses insetos.

9. Alergia ao látex

A alergia ao látex é uma reação de hipersensibilidade que ocorre quando exposta às proteínas encontradas no látex da borracha natural. O látex é um composto elástico e emborrachado obtido da árvore-da-borracha. É encontrado em luvas, balões, preservativos, colchões, brinquedos, estetoscópios, seringas e tapetes.

A alergia geralmente ocorre ao entrar em contato direto com produtos à base de látex, produzindo as manifestações clássicas da dermatite de contato. Nesse sentido, as pessoas costumam manifestar urticária, vermelhidão e coceira intensa.

10. Alergia ao sol

Esta é uma reação alérgica cutânea que ocorre quando exposta aos raios solares por um período de tempo variável. A erupção polimorfa à luz é a forma de apresentação mais frequente. É caracterizada por vermelhidão, coceira e dor na área da pele afetada. Além disso, as pessoas podem desenvolver bolhas na pele, crostas e descamação.

Esta alergia pode conter um componente hereditário ou ser estimulada pela exposição a certas substâncias. Medicamentos e plantas geralmente podem atuar como gatilhos para a doença. As medidas de prevenção incluem o uso de protetor solar e evitar a exposição prolongada ao sol durante os horários de pico de radiação.

11. Alergia a cosméticos e fragrâncias

Produtos químicos em cosméticos e perfumes podem atuar como alérgenos poderosos. Nesse sentido, essas substâncias podem ser absorvidas pela pele ou penetrar pelo trato respiratório. Os sintomas mais comuns de alergia a fragrâncias são nariz entupido, tosse e ardor no nariz.

Por outro lado, alguns cosméticos estão associados a erupções cutâneas, vermelhidão, inflamação e coceira na pele. Da mesma forma, podem atuar como estimulantes de episódios de asma e anafilaxia. Por este motivo, é aconselhável testar os produtos no dorso da mão antes de aplicá-los no rosto ou pescoço.

12. Alergia ao níquel

O níquel é um metal leve e maleável usado na fabricação de joias, zíperes, fivelas, moedas, chaves, telefones, computadores e cigarros eletrônicos. A reação de hipersensibilidade ocorre quando o sistema imunológico reconhece as partículas de níquel como estranhas ou prejudiciais.

Esta é uma das alergias mais comuns em mulheres, especialmente na adolescência e no início da idade adulta. Apresenta-se com inchaços na pele, vermelhidão, bolhas, coceira e manchas semelhantes a queimaduras.

13. Alergia a plantas

Em alguns casos, as folhas e caules de certas plantas podem atuar como estimulantes de uma resposta de hipersensibilidade. Essa reação é o resultado da penetração e absorção de componentes da planta através da pele. Algumas das causas mais comuns são urtigas, leguminosas, toxicodendron striatum, limão, etc.

Urtiga gera reação alérgica.
Urtigas são plantas que freqüentemente causam alergias na pele.

Como as alergias são tratadas?

Atualmente, as alergias não têm cura definitiva. No entanto, existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas.

As medidas de cuidados primários para o contato direto do alérgeno com a pele incluem limpeza completa e lavagem com água e sabão. Nos casos de ingestão e inalação, opções terapêuticas supervisionadas por profissional são obrigatórias.

Da mesma forma, os anti-histamínicos são os medicamentos mais utilizados no controle de alergias. Eles suprimem a liberação de histamina, responsável por gerar a maioria dos sintomas de hipersensibilidade.

Por outro lado, a imunoterapia é outro método utilizado na terapia contra reações alérgicas. Isso se baseia na inoculação de alérgenos purificados para adaptar o sistema à sua presença, reduzindo a gravidade das condições futuras.

A maioria das reações alérgicas é geralmente leve, com um curso benigno se tratada precocemente. No entanto, o não atendimento oportuno pode levar ao agravamento dos sintomas e comprometer a vida das pessoas.



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