O primeiro banho de piscina do bebê: o que você deve saber

Muitos pais ficam ansiosos pelo primeiro mergulho de seus filhos na piscina. Examinamos alguns fatores que você deve considerar.
O primeiro banho de piscina do bebê: o que você deve saber
Diego Pereira

Revisado e aprovado por el médico Diego Pereira.

Última atualização: 27 dezembro, 2023

Muitos pais se perguntam quando e como incluir o primeiro banho de piscina do bebê. A questão não é nada trivial, pois muitas coisas devem ser consideradas antes, durante e depois dessa atitude.

Quando as temperaturas sobem, pode ser tentador ir com a família para a piscina, e isso não deve ser feito antes de considerar tudo o que ensinamos a seguir.

5 dicas para o primeiro banho de piscina do bebê

Antes de ensinar algumas dicas básicas para o primeiro banho de piscina do bebê, vamos primeiro fazer algumas reflexões.

Os especialistas concordam que o contato com a água é um grande momento de prazer e diversão para o pequeno com a estimulação tátil e o vínculo entre o bebê e o cuidador. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar o contato com a água nas primeiras 24 horas após o parto, para aguardar a estabilização dos sinais.

É bem conhecido dos especialistas que o banho de piscina em crianças induz à diminuição da perda de água transepidérmica (TEWL), da hidratação do estrato córneo (SCH) e do pH da superfície da pele.

Em princípio, isso não afeta muito a barreira cutânea dos pequenos, mas tudo depende da frequência, das características da água e do uso de produtos de banho.

Muitos pais querem introduzir o primeiro banho de piscina do bebê com o desejo de que seus pequenos aprendam as primeiras habilidades de natação.

Embora não seja difícil encontrar programas que ofereçam interações, jogos, dinâmicas e muito mais nas piscinas com o objetivo de promover a natação, a verdade é que a Academia Americana de Pediatria (AAP) não recomenda aulas desse tipo antes do bebê completar um ano de idade.

Tudo isso serve de preâmbulo às recomendações para o primeiro banho de piscina do bebê. Em princípio, sugerimos fazer isso somente após 6 meses, levando em consideração os seguintes critérios.

1. A temperatura da água

Os bebês são muito sensíveis às mudanças de temperatura. Isso ocorre porque seu sistema de termorregulação ainda não está totalmente desenvolvido, portanto, as flutuações de calor e frio têm um impacto maior sobre eles. Se a água de uma piscina estiver fria para você, considere que estará muito fria para o seu bebê.

Os especialistas recomendam que a temperatura da piscina seja sempre superior a 30°C. Apesar disso, muitas variáveis entram em jogo, assim como o tamanho e o peso do bebê.

Não é considerado seguro para um bebê interagir por muito tempo abaixo dessa temperatura, mesmo quando uma leve queda é tolerável para você e outras pessoas. Você deve ter uma toalha à mão para cobrir o pequeno imediatamente após sair da água.

2. Produtos químicos para piscinas

No primeiro banho do bebê na piscina, cuidado com produtos químicos
É de se esperar que qualquer piscina tenha uma boa quantidade de produtos químicos espalhados, por isso vale a pena ter cautela.

Vários produtos químicos são usados para manter a piscina livre de bactérias e algas. Evidências nos alertam que a interação com alguns deles, como o cloro, aumenta o risco de bronquiolite, asma e alergias em crianças.

Avaliar a quantidade de produtos químicos é uma consideração básica para o primeiro banho de piscina do bebê. Evitar que a cabeça dele entre na água ou entre em contato com as mucosas reduz o risco associado.

3. Supervisão e contato físico

Em nenhum momento e sob nenhuma circunstância você deve remover sua vigilância e olhar para seu filho. Da mesma forma, você também não deve interromper o contato físico com ele.

Muitos pais querem testar o reflexo natural de natação de seus filhos, mas isso só aumenta o risco de afogamento. Você deve sempre segurá-lo com as mãos e evitar que ele explore sozinho, mesmo quando estiver a apenas alguns centímetros de distância.

4. A confiaça em boias e suportes infláveis

O primeiro banho do bebê na piscina tem que ter boias
Apesar de as boias proporcionarem uma certa segurança, é importante estar sempre atento ao bebê.

O uso de boias e suportes infláveis pode dar segurança a muitos pais na hora do primeiro banho de piscina do bebê. Apesar disso, não substituem em nada a premissa anterior: supervisão atenta e contato físico. Seu uso pode transmitir uma falsa sensação de segurança que pode ter repercussões fatais em alguns contextos.

5. Clima

Por fim, lembre-se de que não é recomendável que os bebês passem mais de 10 minutos na piscina. Seu sistema de regulação de temperatura ainda está sendo ajustado e, portanto, não é prudente exceder o tempo designado. Quando o bebê completa 12 meses, pode ficar até 30 minutos, embora o ideal seja nunca deixá-lo durante o limite de tempo sugerido.

Além de todas essas recomendações, lembre-se de que uma piscina não é o local ideal para um bebê. De acordo com especialistas, entre crianças de 1 a 14 anos, o afogamento é uma das cinco principais causas de morte.

Na prática, é a principal causa de morte acidental em crianças menores de cinco anos. Mesmo tomando todas as providências, sempre haverá o risco de um descuido mínimo.

O momento para o pequeno nadar e se divertir na água chegará aos poucos. Além do perigo de afogamento, lembre-se de que o risco de infecções é consideravelmente alto. As atividades dentro de casa ou em um espaço seguro para brincar são a melhor alternativa para proteger a integridade do seu bebê.



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