Como saber se você tem falta de vitaminas

Vamos mostrar-lhe as principais conseqüências e sinais de deficiência de vitaminas para que você possa identificá-las a tempo e corrigi-las.
Como saber se você tem falta de vitaminas
Saúl Sánchez

Escrito e verificado por el nutricionista Saúl Sánchez.

Última atualização: 10 março, 2023

Quando há falta de vitaminas, pode desenvolver-se uma série de alterações fisiológicas que afetam negativamente a sensação de bem-estar. Por isso, ajustes na dieta teriam que ser feitos para sanar essas deficiências e fazer com que o organismo volte a funcionar com eficiência, o que evitaria maiores complicações.

Antes de começar, é essencial enfatizar que, para evitar a ingestão insuficiente de nutrientes, é melhor planejar uma dieta o mais variada possível. É preciso que os alimentos de origem vegetal tenham um grande peso na pauta. Da mesma forma, deve-se evitar um desequilíbrio a nível energético, caso contrário poderá ocorrer um ganho de gordura corporal.

Sintomas de deficiência de vitaminas

A seguir vamos falar sobre quais são os principais sintomas da falta de vitaminas no organismo. Em algumas ocasiões, esses sinais podem ser difusos, portanto, se ocorrerem, será essencial consultar um profissional de nutrição para fazer uma avaliação do estado nutricional e poder ajustar a dieta com base nas deficiências.

Deficiência de vitaminas do grupo B

As vitaminas do grupo B normalmente participam de diferentes processos metabólicos. Elas permitem obter energia e usá-la. Agora, para a maioria delas é estranho ter um déficit, já que elas são encontrados em muitos alimentos diferentes. No entanto, há dois ou três que são especialmente significativas.

Em primeiro lugar, devemos comentar o caso do ácido fólico. É um nutriente determinante durante a gravidez, uma vez que as necessidades são aumentadas.

Um suprimento insuficiente dele faria com que o feto experimentasse um risco maior de sofrer problemas com o fechamento do tubo neural. Isso é evidenciado por um estudo publicado na revista Reproductive Toxicology. Para prevenir esta situação, recomenda-se a suplementação vitamínica desde o momento em que se planeja a gravidez.

Por outro lado, devemos falar sobre a vitamina B12. Este composto é encontrado apenas em alimentos de origem animal, por isso deve ser complementado no caso de dietas veganas. Um suprimento insuficiente causaria anemia megaloblástica, devido a problemas na formação de glóbulos vermelhos. Uma investigação publicada na revista The Annals of Pharmacotherapy explica isso. Nesse caso, sentirá cansaço e fadiga extremos.

Porém, basta corrigir o aporte dietético do nutriente para que a situação volte a ser controlada. Geralmente é mais difícil resolver as anemias geradas pelo consumo insuficiente de ferro, dada a baixa disponibilidade desse mineral. O mesmo não acontece com a vitamina B12. Pode até ser administrada por via intravenosa para um efeito mais rápido.

Deficiência de vitamina C

Deficiência de vitamina pode causar escorbuto
O escorbuto apresenta diversas manifestações clínicas, sendo uma delas o sangramento gengival.

A vitamina C desempenha muitas funções dentro do organismo humano. Entre eles devemos destacar sua ação antioxidante e sua influência no sistema de defesa.

É responsável por modular tanto a função inata quanto a adaptativa da imunidade, conforme afirma um estudo publicado na revista Nutrients. Por esse motivo, um suprimento insuficiente pode levar a uma maior suscetibilidade a patologias de tipo infeccioso.

Da mesma forma, a deficiência grave de vitamina C daria origem a uma patologia chamada escorbuto. Isso é acompanhado por anemia, sangramento nas gengivas e má cicatrização de feridas.

De fato, o próprio nutriente está decisivamente envolvido na absorção do ferro a nível intestinal, sendo este um mineral com baixa disponibilidade. Se houver um suprimento insuficiente de vitamina C, é possível que o transporte de oxigênio no sangue se torne mal funcional.

Da mesma forma, estamos falando de uma vitamina que estimula a síntese endógena de colágeno. Esta é a proteína mais abundante no corpo humano. Faz parte de quase todos os tecidos do corpo e consegue dar elasticidade e contratilidade aos músculos.

Caso a sua génese não seja adequada, poderá ter um maior risco de lesões musculares, bem como problemas na regeneração da massa magra.

No entanto, o consumo regular de alimentos de origem vegetal costuma ser suficiente para evitar a deficiência de vitamina C. Tanto frutas cítricas quanto vegetais de folhas verdes costumam fornecer o nutriente em grandes quantidades, atendendo às necessidades diárias.

Claro, devido à sua natureza solúvel em água, estamos falando de uma substância que não se acumula no corpo, por isso é necessário o consumo diário.

Deficiência de vitamina D

A deficiência de vitamina D é um problema generalizado em todo o mundo. Este nutriente é encontrado em alimentos como peixes oleosos, ovos e laticínios fortificados.

No entanto, nunca está presente em altas doses. A boa notícia é que ela pode ser gerada de forma endógena, embora a exposição à luz solar seja essencial para isso. Nem em todas as épocas do ano a radiação é suficiente para garantir uma síntese ótima.

A verdade é que a deficiência de vitamina D pode causar muitos problemas de saúde. E sério. Por exemplo, está associado a um risco aumentado de desenvolver patologias crônicas e complexas. Isso é evidenciado por pesquisas publicadas na revista Reviews in Endcrine & Metabolic Disorders. Da mesma forma, é comum vivenciar uma situação de cansaço e fadiga, além de maior suscetibilidade a processos infecciosos.

Vale ainda mencionar que a deficiência de vitamina D afeta negativamente o desempenho esportivo. Pode afetar os valores de desempenho e força muscular. Existe até especulação sobre a possibilidade de que uma oferta insuficiente do nutriente aumente o risco de lesões musculares, razão pela qual cada vez mais se aposta na suplementação.

Evidentemente, a qualidade da vitamina sintetizada endogenamente é superior à da dietética, apresentando diferentes configurações.

O que deve ser levado em consideração é que estamos falando neste caso de um nutriente lipossolúvel. Por esta razão, existem reservatórios no corpo. Uma boa estratégia para evitar problemas a médio prazo é se expor bastante ao sol durante os meses de verão. Isso vai gerar vitamina suficiente que pode ser acumulada, servindo para todo o inverno.

Deficiência de vitamina A

A vitamina A é outro nutriente solúvel em gordura. Neste caso, estamos falando de uma substância que costuma estar presente em muitos alimentos vegetais vermelhos, amarelos ou alaranjados. Também na manteiga e nos ovos.

Não é comum ter déficit, mas é uma situação que pode ocorrer. Normalmente os sintomas ocorrem com distúrbios oculares, problemas de imunidade e cegueira noturna.

No entanto, deve-se ter cuidado com a suplementação. Ao contrário de outros elementos mencionados anteriormente, uma ingestão excessiva de vitamina A pode ser tóxica para o fígado, conforme confirmado por um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition. Por isso, o melhor é garantir uma alimentação variada com a presença de vegetais que garanta o cumprimento das necessidades.

É importante observar que a deficiência de vitamina A também pode ser causada por alterações na absorção de gorduras. Nesse caso, seria preciso atacar o foco do problema, que pode estar localizado na qualidade da microbiota ou na formação dos ácidos biliares. Se os nutrientes não puderem ser digeridos de forma ideal, outros distúrbios associados podem ocorrer.

Deficiência de vitamina E

Deficiência de vitamina é preocupante
A deficiência de vitamina E é rara e pode estar associada a diversas doenças, principalmente as cardiovasculares.

A vitamina E atua principalmente como um antioxidante. Isso significa que neutraliza a formação de radicais livres e seu posterior acúmulo nos tecidos do corpo.

Graças a esse mecanismo, a incidência de muitas patologias crônicas e complexas pode ser reduzida, conforme confirmado por pesquisas publicadas no European Journal of Medicinal Chemistry.

Normalmente não é frequente sofrer de deficiência de vitamina E, mas se os valores nutricionais não forem suficientes, poderá sofrer a médio prazo um maior risco de desenvolver patologias complexas, como as de tipo cardiovascular. Nos casos mais graves, a oferta insuficiente do nutriente pode levar a dificuldade de locomoção ou fraqueza muscular.

Em qualquer caso, os sinais desaparecem imediatamente se um suplemento desta substância for incluído na dieta. Deve-se notar que as reservas de vitaminas são baixas, mas vários alimentos as concentram em seu interior. O abacate seria um bom exemplo.

Pode até ser sintetizada endogenamente a partir da microbiota se sua diversidade for adequada. No entanto, se houver problemas na absorção de gorduras, um déficit sustentado pode ser consolidado.

Deficiência de vitamina K

Quando há um suprimento inadequado de vitamina K, podem ocorrer alterações na coagulação do sangue, o que torna qualquer sangramento um processo perigoso. Estamos falando de um nutriente cuja deficiência reduz os níveis de protrombina. De fato, tal situação poderia causar morbidade e mortalidade infantil.

No entanto, em adultos é raro que um problema desse tipo realmente se consolide. Estamos falando de uma vitamina que está presente na maioria das verduras.

Além disso, pode ser sintetizado a partir das bactérias que habitam o intestino. Apresentar uma microbiota competente será decisivo para garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas.

De qualquer forma, deve-se levar em consideração que existem medicamentos que interagem com a vitamina. Por esse motivo, o consumo de determinados alimentos pode ser restringido quando se está sob um regime medicamentoso voltado para o tratamento de doenças cardiovasculares. Neste caso será sempre fundamental seguir as indicações do especialista.

É importante estar atento aos sinais de falta de vitaminas

Agora você conhece os principais sintomas e as implicações da falta de vitaminas. É importante tê-las em mente, caso sejam identificadas, para ir rapidamente ao especialista.

Como regra geral, o problema costuma ser corrigido normalizando a ingestão alimentar, embora em algumas ocasiões seja necessário recorrer a suplementos. Antes de tomá-los, é sempre recomendável consultar um profissional.

Antes de concluir, vale ressaltar que para manter um bom estado de saúde não basta apenas cuidar da alimentação. É fundamental implementar outros hábitos, como a prática de atividade física de forma regular.

Também o fato de dormir adequadamente todas as noites fará diferença. Durante o sono, inicia-se uma série de processos de reparação que garantem o equilíbrio durante o dia.




Este texto se ofrece únicamente con propósitos informativos y no reemplaza la consulta con un profesional. Ante dudas, consulta a tu especialista.