8 alimentos contra azia

Vamos mostrar-lhe quais são os alimentos que tem de introduzir na alimentação habitual se quiser evitar problemas de acidez que condicionam o bem-estar.
8 alimentos contra azia
Saúl Sánchez

Escrito e verificado por el nutricionista Saúl Sánchez.

Última atualização: 06 março, 2023

A azia é um problema comum na população. Pode ser gerada por diversas causas, sendo a gastrite uma das mais difíceis de resolver. No entanto, as infecções por Helicobacter também são um fator de risco para o desenvolvimento desse sintoma. Agora, isso pode ser controlado por meio da dieta. É por isso que apresentamos os melhores alimentos contra azia.

Em primeiro lugar, você deve ter claro que os hábitos tóxicos aumentam o risco de azia em algum momento da vida. Portanto, é essencial evitar álcool e tabaco. Manter um bom estado de composição corporal também será decisivo para melhorar o funcionamento do sistema digestivo, além da saúde geral.

Alimentos contra azia

A seguir, vamos mostrar quais são os melhores alimentos para combater a azia. Lembre-se de que eles devem ser incluídos no contexto de uma dieta variada e balanceada para terem o efeito desejado. Se você tiver déficit de nutrientes essenciais, o sintoma pode piorar, além de colocar em risco a sua saúde.

1. Maçã

Alimentos para azia incluem maçã
Consumir maçãs é um excelente hábito para a sua saúde, não só pela sua capacidade de reduzir os sintomas de azia, mas também pela sua elevada quantidade de micronutrientes.

A maçã é uma das melhores frutas no combate à acidez, pois neutraliza a ação do suco gástrico. Desta forma, é possível equilibrar o pH no ambiente interno, o que evita o aparecimento de dores e sofrimentos. Além disso, é um alimento que possui alta concentração de fibras solúveis, essenciais para melhorar a saúde da microbiota.

Agora, se sua azia é causada por uma infecção por Helicobater, o consumo de maçã pode não ser uma boa opção. Nesse caso, as pectinas contidas na fruta poderiam estimular a proliferação do patógeno, o que agrava os sintomas. Nesse contexto, o mais eficaz é recorrer ao tratamento com probióticos, conforme evidenciado por pesquisas publicadas no International Journal of Molecular Sciences.

No entanto, na maioria das situações, você sentirá uma melhora na azia com o consumo regular de maçãs e outras frutas. Por exemplo, a pêra tem propriedades muito semelhantes. Ambos os alimentos devem ser acompanhados de certa quantidade de água, já que manter um bom estado de hidratação é outro ponto fundamental no manejo do problema.

2. Cenoura

A cenoura possui uma quantidade significativa de betacaroteno em seu interior. Esses compostos podem ser transformados em vitamina A no corpo, um nutriente que participa da síntese endógena de colágeno. Essa proteína é usada para reparar tecidos danificados, como as paredes do estômago. O aumento da presença da vitamina na dieta tem se mostrado uma mudança benéfica quando há feridas no tecido.

Por outro lado, a fibra solúvel contida na cenoura pode reduzir a irritação na mucosa digestiva, que muitas vezes é responsável pela sensação de acidez. Também neutraliza parcialmente o ácido nos sucos do estômago, resultando em um ambiente de pH mais moderado e menos agressivo aos tecidos da bolsa estomacal.

3. Batata cozida

Um dos alimentos mais emolientes que existem é a batata cozida. Isso significa que tem a capacidade de neutralizar os efeitos do suco gástrico, evitando a sensação de queimação ou refluxo. Claro, você deve sempre evitar fritar este tubérculo. Durante esse processo, uma série de compostos de resíduos são produzidos que pioram o estado de saúde.

Além disso, há evidências de que alimentos fritos e processados pioram muitos processos digestivos, aumentando a incidência de acidez, refluxo e prejudicando o bom funcionamento da microbiota. Em vez disso, deve-se sempre optar por ferver os tubérculos em água ou cozinhá-los no forno. Até o micro-ondas pode ser um aparelho útil para prepará-los.

4. Amêndoas

As oleaginosas se destacam pela alta densidade nutricional. Estamos falando de alimentos que contêm micronutrientes essenciais e uma boa quantidade de ácidos graxos de alta qualidade. Dentre todos eles, destaca-se o ômega 3, de caráter anti-inflamatório. Isso é confirmado por um estudo publicado na revista International Immunology.

Aumentar a contribuição de lipídios de qualidade na dieta pode ser útil para combater a gastrite e acelerar o reparo de feridas no estômago, o que evita situações de acidez. Agora, além de essa estratégia ser suficiente, será também decisiva para evitar o consumo de toxinas e dar atenção especial aos métodos de cozimento utilizados. Claro, o consumo de amêndoas ajudará.

Em geral, recomenda-se a presença de oleaginosas na dieta diária. É preciso ter cuidado para não abusar delas, pois são alimentos bastante calóricos. O ideal é comer um punhado delas. Claro, você sempre deve escolher as versões natural ou torrada, evitando as fritas e salgadas.

5. Cúrcuma

É a rainha das especiarias culinárias, a cúrcuma é conhecida por suas propriedades medicinais. Tem sido usada desde os tempos antigos em muitas culturas diferentes para ajudar a prevenir o desenvolvimento de patologias complexas. Contém fitonutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios que podem ser úteis no combate à azia e refluxo.

Além disso, é fácil introduzi-la no padrão alimentar. Pode ser adicionada a uma grande variedade de pratos e diferentes preparações, melhorando assim as características organolépticas das preparações. Por outro lado, existe a opção de ingeri-la por meio de suplementos. Já existem muitos fabricantes que colocaram no mercado cápsulas de seu princípio ativo, a curcumina.

6. Gengibre

O gengibre é outra raiz com excelentes benefícios para a saúde. Por exemplo, é usado para aliviar náuseas em mulheres grávidas ou em pessoas em tratamento contra o câncer. Se você preparar uma infusão de gengibre, também poderá combater os sintomas de distúrbios digestivos, como refluxo e azia.

Da mesma forma, tem um importante efeito anti-inflamatório no organismo, por isso auxilia na prevenção de muitas doenças complexas e crônicas. É ainda eficaz para emagrecer, pois estimula a mobilização e a oxidação das gorduras acumuladas no tecido subcutâneo.

7. Alimentos fermentados

Alimentos para azia incluem iogurte
Uma excelente fonte de probióticos é o iogurte, um alimento delicioso e altamente acessível. Pode ser especialmente útil no tratamento de gastrite associada à infecção por H. pylori.

Se você sofre de problemas gastrointestinais, deve aumentar a presença de alimentos fermentados em sua dieta. Entre eles, destacam-se o kefir, o iogurte, o chucrute e o chá de kombuchá. Todos eles fornecem microrganismos benéficos que colonizam as paredes do trato digestivo, evitando alterações e desconfortos que condicionam o estado de saúde. Isso é evidenciado por um estudo publicado na Nutrients.

Agora, ao escolher alguns desses produtos, é preciso ter certeza de que eles são de boa qualidade. Por exemplo, uma quantidade muito elevada de açúcares simples ou aditivos são frequentemente adicionados aos iogurtes oferecidos no supermercado, o que reduziria seu valor nutricional. É sempre melhor ir para as versões naturais ou o tipo grego.

8. Banana

A banana é outra das frutas que ajudam a combater a acidez. Possui fibras que melhoram a função da mucosa gástrica, evitando assim sua irritação. Mesmo esses tipos de alimentos podem diminuir a produção de ácido estomacal, resultando em uma digestão mais fácil e menos desconforto.

Claro, não se esqueça que o teor de fibra da banana depende do seu ponto de maturação. Quando consumidas bem maduras, açúcares simples são abundantes em seu interior, o que pode gerar o efeito contrário ao desejado. É sempre bom comê-las no ponto justo ou um pouco verdes.

Outros hábitos para evitar azia

Modificar a dieta pode reduzir os sintomas de azia, melhorando a sensação de bem-estar. No entanto, não é a única forma de prevenir ou controlar esse problema. Conforme afirma pesquisa publicada na revista JAMA, os hábitos tóxicos são responsáveis por grande parte dos casos de distúrbios gastrointestinais, como a azia.

Tanto o álcool quanto o cigarro afetam negativamente a microbiota humana, reduzindo sua diversidade e aumentando o risco de colonização por microrganismos patogênicos. A partir daqui, desconfortos frequentes, até mesmo intolerâncias a certos nutrientes ou alimentos, serão sentidos espontaneamente, sem explicação aparente.

Portanto, é importante insistir na necessidade de se promover bons hábitos de vida para a manutenção de um adequado estado de saúde. É necessário combinar uma alimentação ideal com a prática de exercícios físicos regulares. A exposição ao sol também ajuda, pois estimula a síntese de vitamina D, um nutriente com capacidade anti-inflamatória.

Quando ir ao médico?

Se você tem azia com frequência e, apesar de ter melhorado a qualidade de sua dieta, isso não remete, talvez a melhor opção seja consultar um especialista. Nesse contexto, o foco do problema deve ser buscado para se encontrar uma solução definitiva. Em alguns casos será mesmo necessário recorrer à farmacologia, embora seja o ideal, tanto quanto possível, evitar a cronificação desta situação.

Deve-se lembrar que todos os medicamentos têm efeitos colaterais para a saúde. Eles podem ser úteis no tratamento de muitas doenças, mas medidas de prevenção devem ser sempre promovidas de modo a não ser necessário utilizá-los. Caso contrário, o funcionamento correto de alguns órgãos pode ser alterado a médio prazo.

No que diz respeito à azia, os medicamentos mais utilizados são os antiácidos. Isso pode causar danos à microbiota humana. Também são capazes de gerar alterações na mucosa e nas paredes da bolsa estomacal, que a médio prazo resultam em enfraquecimento das estruturas. Alguns especialistas até afirmam que eles têm interações no nível epigenético.

Introduzir alimentos para combater azia na dieta

Como você viu, existem vários alimentos que podem ajudar a combater a azia quando introduzidos no contexto de uma dieta variada e equilibrada. São especialmente úteis quando o sintoma é leve ou moderado, pois nos casos mais graves será necessário recorrer à farmacologia para controlar a fase aguda. No entanto, você deve primeiro consultar o seu médico.

Lembre-se que, para prevenir o desenvolvimento de disfunções e alterações gastrointestinais, é aconselhável promover bons hábitos de vida. É preciso propor uma dieta baseada em produtos frescos, em que os ultraprocessados só apareçam de forma específica. Além disso, é necessário evitar hábitos tóxicos.



  • Ji, J., & Yang, H. (2020). Using Probiotics as Supplementation for Helicobacter pylori Antibiotic Therapy. International journal of molecular sciences21(3), 1136. https://doi.org/10.3390/ijms21031136
  • Zinder, R., Cooley, R., Vlad, L. G., & Molnar, J. A. (2019). Vitamin A and Wound Healing. Nutrition in clinical practice : official publication of the American Society for Parenteral and Enteral Nutrition34(6), 839–849. https://doi.org/10.1002/ncp.10420
  • Surdea-Blaga, T., Negrutiu, D. E., Palage, M., & Dumitrascu, D. L. (2019). Food and Gastroesophageal Reflux Disease. Current medicinal chemistry26(19), 3497–3511. https://doi.org/10.2174/0929867324666170515123807
  • Ishihara, T., Yoshida, M., & Arita, M. (2019). Omega-3 fatty acid-derived mediators that control inflammation and tissue homeostasis. International immunology31(9), 559–567. https://doi.org/10.1093/intimm/dxz001
  • Cheng, J., & Ouwehand, A. C. (2020). Gastroesophageal Reflux Disease and Probiotics: A Systematic Review. Nutrients12(1), 132. https://doi.org/10.3390/nu12010132
  • Maret-Ouda, J., Markar, S. R., & Lagergren, J. (2020). Gastroesophageal Reflux Disease: A Review. JAMA324(24), 2536–2547. https://doi.org/10.1001/jama.2020.21360

Este texto se ofrece únicamente con propósitos informativos y no reemplaza la consulta con un profesional. Ante dudas, consulta a tu especialista.