Estômago inflamado: causas e o que fazer
O estômago embrulhado é uma das doenças mais comuns em homens e mulheres em todo o mundo. Geralmente se apresenta na forma de peso, cólicas e distensão abdominal. Você está interessado em saber quais são as causas e o que fazer com um estômago inflamado? Em seguida, vamos dizer a você.
O termo estômago inflamado refere-se à sensação de distensão e inchaço no abdômen, frequentemente acompanhada por desconforto gástrico e plenitude. Essa condição é comum em adultos e geralmente está associada a hábitos alimentares inadequados.
Causas de um estômago inflamado
Em geral, essa condição pode ser desencadeada por vários fatores, sendo a má digestão e o consumo excessivo de alimentos os principais culpados. Um estômago inflamado geralmente não representa um problema sério para o corpo. No entanto, requer tratamento oportuno para evitar complicações futuras.
1. Excesso de consumo de alimentos
A ingestão de grandes quantidades de alimentos costuma estar associada a uma sensação constante de plenitude ou inchaço no estômago. Isso se deve ao fato de a ocupação gástrica e a capacidade de digestão terem sido excedidas. Nesse sentido, o bolo alimentar fica retido por mais tempo, causando a sensação de estômago inflamado.
O consumo de alimentos em alta velocidade também contribui para a apresentação dessa entidade. Em geral, esse comportamento alimentar retarda o envio de sinais de saciedade ao cérebro, o que favorece a ingestão de mais alimentos.
Além disso, é comum que, ao seguir esse tipo de dieta, as pessoas não mastiguem os alimentos de maneira adequada e dificultem a ação das enzimas digestivas. Por esse motivo, o trânsito intestinal fica mais lento, que se manifesta com inflamação do estômago, refluxo ácido, arrotos e prisão de ventre.
O que fazer?
Você pode evitar essa sensação desagradável no estômago com pequenas mudanças no estilo de vida. Nesse sentido, é aconselhável reduzir progressivamente a quantidade e a frequência das mamadas. Desta forma, o corpo se adaptará a porções menores e a repartição dos alimentos será facilitada.
Por outro lado, é vital garantir a mastigação adequada dos alimentos. Para isso, é aconselhável mastigar de 30 a 50 vezes para cada mordida, ou pelo menos por 30 segundos. Estudos sugerem que, desta forma, estimula-se uma melhor digestão dos alimentos e diminui-se o risco de sobrepeso ou obesidade.
2. Maus hábitos alimentares
A dieta e a seleção de alimentos desempenham um papel fundamental na maioria das condições gastrointestinais. Em geral, alimentos ricos em gordura e alimentos industrializados demoram mais para digerir. Isso ocorre porque eles são processados por uma via metabólica mais complexa.
Além disso, a microbiota intestinal é capaz de atuar sobre esse tipo de alimento, aumentando a produção de gases. Por esse motivo, as pessoas afetadas costumam ter uma sensação de distensão abdominal, estômago inchado, flatulência e arrotos.
Os carboidratos complexos, grãos e farinhas refinadas podem ter um efeito semelhante no corpo. Esses alimentos são sensíveis à fermentação gastrointestinal com liberação excessiva de gases. Pacientes com intestino irritável apresentam alto risco de inchaço do estômago ao consumir esses alimentos.
O que fazer?
A correção do hábito alimentar é a principal medida de prevenção dessa condição. Os nutricionistas podem ser de grande ajuda na elaboração de um plano alimentar adequado às necessidades de cada indivíduo.
Algumas pesquisas sugerem que o teor de gordura na dieta deve representar no máximo 30% do valor calórico total. Da mesma forma, é recomendado que as gorduras saturadas constituam menos de 10% e as gorduras trans menos de 1%.
Por outro lado, é aconselhável reduzir ou eliminar o consumo de alimentos ultraprocessados ricos em açúcares. Desta forma, não só o risco de sofrer de inflamação do estômago é reduzido, mas também de doenças metabólicas como a diabetes mellitus.
3. Dispepsia
A dispepsia também é freqüentemente chamada de indigestão. Este termo se refere a desconforto ou dor que se origina na parte superior do abdômen. Além disso, as pessoas afetadas costumam ter uma sensação de estômago inchado, azia, náuseas e náuseas.
Essa condição costuma estar relacionada ao consumo de alimentos altamente picantes e bebidas irritantes, como café e refrigerantes. Da mesma forma, existem fatores emocionais que podem atuar como desencadeadores de indigestão, como depressão, ansiedade e estresse.
Por outro lado, o consumo de alguns medicamentos também está associado à dispepsia e inflamação do estômago. Corticosteroides e antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), como ibuprofeno e diclofenaco, são alguns dos principais culpados. Em alguns casos, também está associado à presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori.
O que fazer?
O tratamento da dispepsia baseia-se no alívio dos sintomas e na realização de algumas mudanças no estilo de vida. O médico gastroenterologista (aparelho digestivo) é o responsável por identificar esta patologia e orientar a pessoa na recuperação da sua saúde.
As recomendações farmacológicas podem incluir o uso de antiácidos e protetores gástricos, como o omeprazol. Da mesma forma, a pessoa afetada deve evitar o consumo de café, álcool e refrigerantes. Além disso, é fundamental manter uma alimentação saudável, pobre em gorduras e rica em vegetais.
4. Intolerância alimentar
A intolerância alimentar refere-se à manifestação de reações secundárias no corpo após uma refeição. Estudos estimam uma prevalência de reações adversas aos alimentos em adultos que excede 30%.
Pessoas com intolerância alimentar são incapazes de digerir alimentos específicos. Isso promove o aparecimento de vários sintomas, como sensação de estômago inchado, dor abdominal, náuseas e peso abdominal.
O glúten nas farinhas e cereais, assim como a lactose no leite, são alguns dos agentes responsáveis pela doença. No entanto, as pessoas também podem manifestar reações adversas ao consumo de crustáceos, nozes e algumas frutas.
O que fazer?
O diagnóstico de intolerância alimentar é feito por um gastroenterologista. Nesse sentido, é aconselhável procurar atendimento médico o mais rápido possível, antes do aparecimento dos sintomas relacionados a essa condição. Da mesma forma, é fundamental abandonar o consumo de alimentos relacionados ao quadro clínico.
5. Infecções
As infecções por certos parasitas, bactérias e vírus podem ser responsáveis por um grande número de sintomas gastrointestinais. Nesse sentido, a parasitose por agentes como Giardia lamblia e Entamoeba histolytica costuma desencadear diarreia, vômito, dor abdominal, náusea, flatulência e inflamação do estômago.
Por outro lado, bactérias como Escherichia coli e Helicobacter pylori também podem invadir a mucosa gástrica e causar desconforto abdominal. Esses tipos de infecções podem ser acompanhados por ulceração, azia, perda de apetite e excesso de gases. Em crianças, infecções por vírus como rotavírus e norovírus são muito comuns.
O que fazer?
Se houver suspeita de infecção gastrointestinal, deve-se procurar atendimento médico profissional o mais rápido possível. O tratamento dependerá do agente ou germe responsável e da gravidade do quadro clínico. Em caso de diarreia e vômitos, é fundamental manter uma ingestão adequada de líquidos.
Os sintomas de inflamação do estômago diminuem progressivamente à medida que a infecção desaparece. Além disso, é aconselhável manter uma alimentação saudável, evitando alimentos processados ricos em açúcar ou gordura.
Uma condição que não deve passar despercebida
Na maioria dos casos, a inflamação do estômago é um sinal de que algo não está funcionando bem no nível gastrointestinal. Em geral, é o resultado de ofensas alimentares ou doenças leves que podem ser facilmente resolvidas. No entanto, a falta de tratamento pode levar a várias complicações em longo prazo.
Por outro lado, um profissional de saúde deve ser consultado imediatamente se o desconforto persistir ou outros sintomas forem acrescentados. Os médicos são treinados para identificar a causa específica dessa condição e fornecer tratamento imediato.
- Li J, Zhang N, Hu L, Li Z, et al. Improvement in chewing activity reduces energy intake in one meal and modulates plasma gut hormone concentrations in obese and lean young Chinese men. American Journal of Clinical Nutrition. 2011;94(3):709-716.
- Alzate T. Dieta saludable. Perspect Nut Hum. 2019 June ; 21( 1 ): 9-14.
- Álvarez M, Hevia X, Gómez I, Castro R, et al. Algunas consideraciones sobre las reacciones adversas por alimentos. Rev Cubana Med Gen Integr. 2004 Dic ; 20( 5-6 ).
- León R, Berendson R. Grandes síndromes gastrointestinales (2): dispepsia o síndrome del aparato digestivo alto relacionado con alimentos (2). Rev. gastroenterol. Perú. 2008 Jul ; 28( 3 ): 267-269.
- El empacho: una enfermedad popular latinoamericana. Cuad Hist Salud Pública. 2007 Dic ; ( 102 ).
- Lúquez A, Otero W, Schmulson M. Enfoque diagnóstico y terapéutico de dispepsia y dispepsia funcional: ¿qué hay nuevo en el 2019?. Rev. gastroenterol. Perú . 2019 Abr ; 39( 2 ): 141-152.