As 5 diferenças entre resfriado e gripe
Para a maioria das pessoas, não existe diferença entre um resfriado e uma gripe. De fato, é muito comum que os dois termos sejam usados em contextos informais. Embora ambas sejam infecções virais que compartilham vários elementos em comum, na verdade elas se manifestam de forma diferente. Hoje exploramos 5 critérios que você pode usar para distingui-las.
É muito importante que você aprenda as diferenças entre resfriado e gripe, pois esta última está associada a um maior número de complicações. Crianças e idosos são especialmente vulneráveis, portanto, devem ser tomadas algumas precauções durante a temporada em que essas doenças ocorrem. Falaremos sobre tudo isso nas próximas linhas.
Diferenças entre resfriado e gripe
Como alguns episódios são praticamente indistinguíveis uns dos outros, nem sempre é fácil diferenciar essas duas infecções virais. A única maneira 100% eficaz de fazer isso é através de um teste de antígeno da gripe. Apesar disso, podem ser usados os seguintes critérios para descobrir as diferenças entre um resfriado e uma gripe.
1. Sintomas
Os sintomas são a principal forma de apresentação de uma infecção ou doença. É verdade que gripes e resfriados compartilham muitos deles, mas também podem ser encontrados elementos diferenciadores. Veremos em detalhes quais são as manifestações mais frequentes de cada um deles.
Sintomas da gripe
Os sintomas da gripe são muito mais graves que os de um resfriado comum. Ao contrário da crença popular, a presença de coriza e espirros é rara na maioria dos episódios. Entre os sinais mais comuns destacamos:
- Dor de garganta.
- Febre.
- Tosse.
- Dor de cabeça.
- Fadiga.
- Dor muscular e articular.
- Calafrios.
- Náuseas e vômitos (somente em crianças e idosos).
Outra característica dos sintomas é que eles geralmente aparecem de forma repentina. A pessoa pode estar se sentindo bem e depois de algumas horas apresentar esses sinais inesperadamente. A intensidade dos mesmos dificulta o desenvolvimento normal da rotina.
Sintomas do resfriado comum
Neste caso, os sintomas se mantêm em uma intensidade baixa ou moderada. Poucas vezes eles se apresentam com alta intensidade, pelo menos em comparação com os da gripe. Sintomas como febre e dor de cabeça são raros em um resfriado comum. Em vez disso, pode-se experimentar os seguintes sinais:
- Congestão nasal.
- Espirros.
- Dor de garganta.
- Tosse.
- Fadiga (leve).
- Olhos vermelhos e lacrimejantes.
- Dor no corpo (geral e quase sempre leve).
Náuseas ou vômitos podem ocorrer ocasionalmente, embora sejam considerados como sintomas pouco comuns e que afetam apenas aos adultos. A manifestação dos sintomas da gripe e do resfriado comum depende muito da saúde e da força do sistema imunológico do indivíduo.
2. Duração
Outra diferença entre resfriado e gripe está na duração. Embora a extensão dos sintomas seja a mesma, em torno de 7 a 14 dias, o desenvolvimento dos sinais não é igual para as duas doenças. Se o paciente sofre de um resfriado comum, os sintomas se manifestarão de foram progressiva. Eles começarão com uma intensidade leve no primeiro ou segundo dia e terão seu pico posteriormente.
O mesmo acontece com a cura. Depois de passar um ou dois dias com sintomas mais intensos, eles desaparecem até que a pessoa finalmente se sinta melhor. Não ocorre o mesmo se o indivíduo contrair uma gripe. Nesses casos, os primeiros três dias serão os piores, após os quais será experimentada uma melhora lenta até atingir a recuperação completa.
Embora seja possível que em uma semana o paciente tenha deixado de experimentar a maioria dos sintomas, pode haver um resquício deles que o impeça de recuperar a saúde plena. Geralmente eles consistem em fadiga leve, mal-estar ou dor de cabeça.
3. Causas
Já mencionamos que a causa dos resfriados e gripes são infecções virais. No entanto, as duas patologias não são provocados pelos mesmos agentes. O vírus que causa a gripe é o da influenza. De fato, em alguns contextos essa doença é conhecida com esse nome.
Existem quatro tipos de vírus influenza, embora os influenza A e B sejam responsáveis pela maioria das infecções em todo o mundo. O influenza C também pode infectar humanos, embora em menor quantidade que os anteriores. O influenza D, o último desses vírus, afeta apenas aos animais (até onde sabemos).
O Influenza A é o que causa a maioria das infecções, e é o que dá origem às epidemias. As cepas H1N1 e H3N2 são as mais comuns. A primeira causou a pandemia de gripe de 1918 e 2009. Em contraste, os resfriados comuns, de acordo com a Johns Hopkins Medicine, são causados pela infecção de até 200 vírus diferentes.
Apesar disso, a família dos rinovírus costuma ser a principal causa de infecções desse tipo. Ao contrário da crença popular, resfriados e gripes não são causados por uma queda na temperatura. São os vírus, embora de famílias diferentes, que desencadeiam os sintomas.
4. Frequência de contágio
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 5% e 15% da população é infectada pela gripe anualmente. Embora o contágio possa ocorrer em qualquer época do ano, a maioria deles acontece durante o período que vai de abril a outubro no Brasil (conhecida como temporada de gripe).
A razão para que sejam originados tantos contágios nessas datas é que na maior parte do mundo esse é um período acadêmico ativo (de escolas, faculdades e universidades) e que o inverno ou a estação chuvosa motiva as pessoas a passarem grande parte do tempo em casa ou até aglomeradas (o que facilita a transmissão do vírus).
O resfriado ocorre com mais frequência na população. De fato, de acordo com a American Lung Association, um adulto médio sofre de dois a quatro episódios de resfriado comum por ano. Crianças pequenas são mais propensas a sofrer com eles, de modo que experimentam entre seis e oito por ano.
Com base nessas estatísticas, podemos dizer que o resfriado é muito mais comum que a gripe. Pode-se passar um, dois ou mais anos sem que ocorra uma infecção por gripe, mas é muito provável que não passem mais de 12 meses sem que seja manifestado algum sintoma de resfriado comum.
5. Possíveis complicações
Se enfatizamos que a gripe provoca sintomas mais intensos, isso significa que infecções desse tipo causam complicações maiores? De fato, a resposta é sim. Embora seja verdade que a maioria dos casos não implicam em nada, muitos deles terminam em hospitalizações e até em morte.
Os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) alertam que as complicações mais comuns da gripe são infecções nos seios da face e no ouvido, pneumonia, miocardite, encefalite, insuficiência respiratória e muitas outras condições. Ao contrário, o risco de complicações é muito baixo quando se trata de um resfriado.
É importante observar que os antibióticos não apresentam nenhum efeito no tratamento da gripe ou resfriado comum. Normalmente os pacientes podem optar por medicamentos vendidos sem receita para aliviar sintomas específicos, embora isso não faça a doença se curar de forma mais rápida.
Para que o paciente se sinta melhor, o que deve ser feito é descansar e beber bastante líquido. Além disso é importante tomar as medidas de precaução necessárias para evitar contagiar as pessoas próximas. Por fim, lembre-se de se vacinar antes do início do período sazonal, lavar as mãos com frequência e evitar contato com as mucosas como medida de prevenção.
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