Viver com a doença de Parkinson
Além do tratamento medicamentoso, hoje existem medidas e estratégias terapêuticas que ajudam os pacientes a conviver com a doença de Parkinson. Embora seja verdade que tendemos a associar o diagnóstico ao repouso no leito e à vida inativa, nem sempre é assim.
No caso do Parkinson, as opções de manejo avançaram consideravelmente. Com isso, foi possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Na aplicação da estratégia, será necessária não só a ajuda de uma equipe multiprofissional (médicos, psicólogos, fisioterapeutas) e do cuidador, mas também a colaboração do próprio paciente. O primeiro passo é se informar sobre a doença. Ao mesmo tempo, uma boa comunicação com os médicos será essencial.
Saúde emocional ao conviver com a doença de Parkinson
Depressão, ansiedade e apatia são problemas que a grande maioria das pessoas com a doença de Parkinson precisa administrar para viver saudavelmente. Embora os medicamentos prescritos pelo médico assistente (como os antidepressivos) desempenhem um papel importante, vários suplementos são necessários.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado eficaz na melhoria da qualidade de vida, principalmente quando incluída em um programa de reabilitação adequado. Isso é confirmado pelos autores de um estudo publicado em 2017.
A TCC ajuda você a administrar pensamentos, preocupações, emoções e sentimentos, bem como a lidar com a doença com uma atitude mais gentil. Também ajuda a controlar o desconforto derivado da fadiga, da sonolência diurna e dos efeitos colaterais dos medicamentos.
Além do apoio de um psicólogo ou psiquiatra, conforme o caso, é possível ter o apoio de um terapeuta ocupacional para conviver com a doença de Parkinson. Ambos podem contribuir para o bem-estar emocional e social.
Também é possível recorrer à atenção plena e outras técnicas que limpam a mente e aliviam a tensão emocional. Muitas delas são facilmente acessíveis online, mas também por meio de modalidades presenciais em associações e organizações de Parkinson.
Por outro lado, não devemos esquecer que em qualquer doença, as atividades de lazer são importantes para cuidar da saúde emocional. Por isso, devem ser integradas regularmente à rotina.
Viver com a doença de Parkinson não é apenas uma questão de seguir o tratamento, mas também de manter a flexibilidade, a compreensão e a gentileza consigo mesmo.
Saúde física
Ter Parkinson não significa que você deva abandonar totalmente os exercícios. Em vez disso, a prática regular pode ajudar a manter uma boa flexibilidade, coordenação e controle de equilíbrio. Também alivia tremores e rigidez muscular, que são sintomas comuns.
Embora seja verdade que há dias em que pode ser mais difícil fazer exercícios, é possível ajustar a rotina e fazer alguns alongamentos e movimentos simples. O importante não é que o paciente seja um atleta de alto nível, mas que ele consiga manter um estilo de vida ativo, da melhor maneira possível.
Exercícios como ioga ou tai chi são opções recomendadas. No entanto, eles não são os únicos. Os pacientes podem escolher muitos outros, como danceterapia, natação, ciclismo e corrida, conforme explicam os especialistas da iniciativa Conheça Parkinson.
Para complementar os benefícios do exercício e do tratamento prescrito pelo médico, é possível recorrer à fisioterapia. É sempre guiada por profissionais que estabelecem rotinas e séries de movimentos com orientações.
Vida social enquanto se convive com a doença de Parkinson
Tal como acontece com outros problemas de saúde (como enxaquecas, por exemplo), é recomendado que os pacientes com Parkinson mantenham seu círculo social mais próximo informado sobre sua doença. Também que compartilham as limitações que pode supor em algumas ocasiões.
Conversar e manter a família, amigos e colegas de trabalho atualizados não só ajudará as pessoas próximas a você a ter mais empatia no dia a dia, mas também a compreender melhor essa situação. Principalmente quando surgem altos e baixos e não é possível cumprir um compromisso (como uma reunião ou uma festa).
Não é necessário abrir mão das atividades produtivas (trabalho) ou de lazer devido ao Parkinson. Ao contrário, tentar conciliar esses aspectos com a rotina pode contribuir de forma significativa para o bem-estar.
Planejar o futuro
Como afirmam os especialistas da Federação Espanhola de Parkinson, por se tratar de uma doença neurodegenerativa, é necessário desenvolver (em coordenação com a equipe de especialistas) estratégias que ajudem a prevenir futuros transtornos. Isso inclui tudo, desde ajustar sua rotina de exercícios até fazer alterações em sua casa ou residência para tornar o espaço mais seguro e facilmente acessível.
Tomar as providências necessárias para receber ajudar nas tarefas domésticas e em deslocamentos (ao supermercado, ao médico, por exemplo) ajudará a ganhar tranquilidade. Os pacientes devem ter em mente que não estão sozinhos, que existem recursos sociais aos quais podem recorrer e que podem sempre consultá-los, tanto online como por telefone.
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