Antioxidantes: o que são e para que servem?
Os antioxidantes são um grupo de substâncias presentes nos alimentos que, apesar de não terem função nutricional, têm papel essencial na promoção da saúde. Eles estão envolvidos em múltiplas reações que ocorrem diariamente no corpo, neutralizando os subprodutos residuais que são gerados.
Existem muitos antioxidantes diferentes. A maioria deles está presente em alimentos de origem vegetal. O corpo também é capaz de sintetizar alguns de forma endógena, como forma de combater o envelhecimento.
Qual a função dos antioxidantes?
Essas substâncias, como o próprio nome indica, são responsáveis por equilibrar os processos de oxidação e redução que ocorrem diariamente no corpo. Eles são capazes de doar um elétron para espécies reativas de oxigênio que são formadas a partir de reações metabólicas. Desta forma, os átomos se tornam muito mais estáveis.
Deve-se ter em mente que a oxidação é um processo intimamente ligado à inflamação. Este último, por sua vez, é capaz de aumentar a incidência de diversas patologias complexas, segundo estudo publicado na Current Topics in Behavioral Neurosciences.
Um exemplo deles seria o tipo cardiovascular. A inflamação afeta o risco de formação de trombos e dificulta o fluxo de sangue pelos vasos sanguíneos.
Benefícios dos antioxidantes
Como indicamos, a ingestão regular de antioxidantes é capaz de reduzir o número de metabólitos residuais que se acumulam nos tecidos. Entre eles estão os radicais livres, espécies reativas de oxigênio com capacidade mutagênica. Estes representam um perigo para a replicação celular e sua presença descontrolada tem mostrado capacidade cancerígena.
Dessa forma, o consumo regular de antioxidantes é capaz de auxiliar na prevenção de tumores. Ao mesmo tempo, pode controlar os processos de oxidação da lipoproteína LDL, o que se traduz num menor risco cardiovascular.
Há evidências de que a contribuição desse tipo de substância tem um impacto positivo no funcionamento do coração e no transporte de nutrientes pelo sangue.
Onde encontrá-los?
Os antioxidantes são encontrados em alimentos do reino vegetal. A maioria deles nada mais são do que pigmentos responsáveis por dar cor aos produtos.
Algumas vitaminas também podem atuar como antioxidantes, sendo a mais representativa desse grupo a C, que pode ser encontrada em pimentões, morangos e frutas cítricas.
De qualquer forma, o organismo pode sintetizar alguns elementos que realizam essa função. Entre todos eles, citaremos a glutationa, também uma substância presente em vários alimentos. Este composto equilibra os processos de oxidação e redução que ocorrem internamente.
Suplementos antioxidantes
Devido aos efeitos benéficos do consumo de antioxidantes, alguns autores propõem a suplementação com eles para potencializar suas funções. Nesse sentido, foram desenvolvidos suplementos alimentares onde os fitonutrientes são isolados. Os mais comuns são a curcumina, antocianinas e N-acetilcisteína.
Foi demonstrada a capacidade desses suplementos de reduzir a incidência de muitas patologias complexas, como as neurodegenerativas. Ao mesmo tempo, há um consenso de que poderiam estimular a oxidação lipídica, o que tem um impacto positivo na composição corporal do indivíduo.
No entanto, a suplementação com antioxidantes não é benéfica em todos os ambientes. No âmbito do exercício intenso, o consumo desses elementos em grandes quantidades poderia interferir nas vias de sinalização celular, o que impediria as adaptações musculares posteriores. Este é um problema em termos de aumento de desempenho.
Antioxidantes e câncer
Um dos objetivos prioritários do consumo de antioxidantes é a prevenção do câncer. Como discutimos, os radicais livres que se acumulam nos tecidos podem aumentar o risco de mutações que causam tumores.
No entanto, seu uso em grandes doses também é proposto uma vez que o processo carcinogênico tenha sido detectado. Aparentemente, esse tipo de elemento pode melhorar os efeitos da quimioterapia, reduzindo a taxa de progressão e divisão do tumor.
Portanto, a expectativa de vida seria aumentada com intervenção dietética adequada. Os mais estudados para esse fim são as antocianinas e a curcumina, além de alguns fitonutrientes presentes nos vegetais crucíferos. A vitamina C em doses muito altas também tem efeitos benéficos nesses casos.
Qual é o melhor antioxidante?
Muitas pessoas se perguntam qual é o antioxidante mais poderoso ou eficaz. Nesse sentido, muitas dúvidas surgem. Até o momento, nenhuma lista organizada de antioxidantes de acordo com seu potencial foi elaborada.
Podemos definir que os nutrientes presentes nos vegetais crucíferos são especialmente benéficos para a prevenção de patologias respiratórias complexas. A curcumina tem potencial no tratamento e prevenção de tumores ligados ao fígado. O licopeno do tomate, por sua vez, gera um efeito positivo no funcionamento do sistema cardiovascular.
Como cada um deles tem funções específicas e determinados tecidos-alvo, é adequado combiná-los no regime alimentar. Esta é outra razão pela qual uma boa dieta deve ser baseada na variedade de alimentos incluídos.
Legumes na dieta garantem o consumo de antioxidantes
Conforme discutido, é essencial incluir vegetais na dieta para garantir a ingestão de antioxidantes. Tanto as frutas como os legumes contêm este tipo de composto com propriedades benéficas. Também especiarias culinárias, por isso é aconselhável usá-las, na medida do possível, para a preparação de pratos.
Caso a dieta seja restritiva em determinado grupo de alimentos, por qualquer motivo, a suplementação pode ser considerada. No entanto, essa determinação deve ser previamente consultada com um profissional de nutrição. Existem diferentes tipos de suplementos no mercado e é importante adquirir aquele que atenda às expectativas estabelecidas.
De qualquer forma, lembre-se de que aumentar a ingestão de produtos in natura e reduzir os ultraprocessados será um ponto a favor na hora de garantir o consumo correto de antioxidantes. Estes últimos possuem aditivos e gorduras trans capazes de aumentar os processos oxidativos e a formação de compostos residuais.
Hábitos que reduzem a oxidação
Além do consumo de antioxidantes, existem outros hábitos de vida que são capazes de reduzir a oxidação no corpo, assim como a inflamação. Uma delas é a prática frequente de exercícios físicos. Essa rotina provoca a manutenção de um peso corporal adequado.
Ao mesmo tempo, é fundamental garantir um bom descanso. Durante as horas de sono ocorrem muitos dos processos de natureza recuperativa. Além disso, um neuro-hormônio, a melatonina, que possui altas capacidades antioxidantes, é sintetizado.
Além disso, vale ressaltar a importância de evitar o estresse. Situações de ansiedade aumentam a produção do hormônio cortisol, que está associado a uma maior síntese de espécies reativas de oxigênio nos tecidos. Essa condição favorece a oxidação e o aparecimento de envelhecimento precoce.
Antioxidantes: substâncias importantes e essenciais
Como você viu, os antioxidantes são substâncias presentes nos alimentos que têm um impacto fundamental na saúde. O consumo adequado deles pode prevenir o aparecimento de muitas patologias crônicas e complexas. Por este motivo, recomenda-se a sua presença regular na dieta.
Os alimentos de origem vegetal são os que apresentam maior teor desse tipo de substância, que muitas vezes são os pigmentos responsáveis por lhes dar cor. No entanto, eles também podem ser sintetizados endogenamente no corpo.
Há sempre a opção de suplementar com antioxidantes. No entanto, não é uma opção recomendada para todos ou para todos os casos. Tem quadros e limitações de aplicação, pelo que aconselhamos sempre a consulta de um profissional de nutrição antes de tomar uma decisão deste tipo.
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