O que é o counseling?

O counseling é um tipo de terapia que, embora não seja nova, não é utilizada de forma tradicional devido a algumas controvérsias quanto à ética de sua aplicação. Conheça abaixo esta modalidade terapêutica.
O que é o counseling?

Última atualização: 11 outubro, 2023

O counseling, também conhecido como aconselhamento, é um tipo de terapia psicológica que se tornou popular nos últimos anos. É muitas vezes referida como counselling psychology e, ao contrário do descrédito que sofre de alguns setores, é desenvolvido por profissionais qualificados. Vamos ver o que é, suas características e importância.

Há alguns anos, pesquisadores discutem as repercussões éticas do counseling. Certamente, o termo foi apropriado por pessoas que querem aumentar seus cofres de dinheiro, bem como aqueles que apenas se aventuram em postulados metafísicos com pouca implicação prática. Nas próximas linhas mostraremos seus prós, seus contras e se é uma opção viável para você.

Características do counseling

Aconselhamento é um tipo de terapia
O principal objetivo do counseling é alcançar uma melhora na saúde mental das pessoas com base em um modelo de conversação fluida.

O counseling é uma terapia de conversação que busca resolver problemas por meio de habilidades de escuta, atenção, captação e direcionamento de conflitos emocionais. É sempre desenvolvido por um terapeuta treinado, que tenha a formação acadêmica adequada e que também tenha as habilidades para reconhecer e gerenciar certos distúrbios ou problemas emocionais.

Embora associemos o counseling como uma terapia recente, na verdade ele é mais antigo do que imaginamos. Por exemplo, a Associação Britânica de Aconselhamento e Psicoterapia foi estabelecida por volta de 1976, data em que continuou a agregar milhares de membros. De um modo geral, um conselheiro, também conhecido como counsellor, é um profissional treinado para oferecer terapia da fala.

Apesar de especialistas desse tipo terem formação adequada (e aderirem a uma escola, um paradigma, uma teoria e uma certa abordagem), na realidade, além de tudo isso, o mais importante é a conversa em si mesma.

A conversa pode ser suficiente para muitos, principalmente quando é feita com uma pessoa que tem habilidade e experiência para liderar uma reunião dessa natureza.

O suporte oferecido por tal profissional é confidencial. Muitas vezes você pode optar por trabalhar com outros tipos de profissionais, como um psiquiatra ou neurologista. Tudo depende da natureza da terapia, bem como das particularidades que emergem da conversa. O objetivo é resolver problemas, servir de válvula de escape, gerar autoconhecimento, explorar opções e estratégias.

Para que serve o counseling?

Como já estipulamos, o counseling é útil para mediar qualquer tipo de conflito emocional. Muitos pacientes, por estigma ou tabu, evitam procurar certos tipos de ajuda profissional para tratar seus desequilíbrios (por exemplo, um psiquiatra ou psicólogo). Os counsellors ficam bem no meio, pois, apesar de serem profissionais, suas estratégias parecem casuais.

Isso pode fazer com que muitos desenvolvam confiança rapidamente, se abram sobre seus problemas e se motivem a procurar ajuda profissional especializada (considerando visitar um psiquiatra, por exemplo). Vejamos uma seleção de contextos em que o counseling pode ser de grande ajuda:

  • Perda de um ente querido.
  • Conflitos no trabalho.
  • Inconveniências para assumir a responsabilidade da maternidade ou paternidade.
  • Problemas de autoestima.
  • Fases de transições na vida (um divórcio, por exemplo).
  • Problemas com situações de abuso ou vícios.
  • Trauma de infância ou adolescência.
  • Problemas com a identidade sexual.
  • Conflitos com a aceitação social.

Esses são apenas exemplos de quais contextos os counsellors podem operar. Lembre-se de que, embora muitos sejam credenciados por universidades ou organizações, eles não são treinados para prescrever medicamentos ou iniciar tratamento para doenças graves. De fato, alguns pesquisadores questionam as habilidades diagnósticas dos engajados no counseling.

Qualificações dos counsellors

O aconselhamento não pode ser praticado por nenhum profissional de saúde
Por se tratar de um método não tradicional, é conveniente avaliar o correto credenciamento do profissional antes de iniciar a terapia.

Embora tenhamos apontado que os counsellors possuem a formação e a experiência necessárias para prestar esse tipo de ajuda, isso não significa que 100% deles respondam a esses paradigmas. A maioria dos países não possui regulamentações legais que regulem e controlem a profissão. Como eles não prescrevem medicamentos e geralmente não tratam seus pacientes, há uma brecha legal nesse sentido.

A ascensão das redes sociais consolidou os gurus do counseling. Muitos deles não têm nenhum tipo de treinamento, e as estratégias e teorias que utilizam para construir suas terapias de fala são, de qualquer forma, duvidosas. É por isso que recomendamos que, caso pretenda explorar essa alternativa, você o faça sempre com profissionais que possuam credenciamento e experiência reconhecida.

Com base nisso, propomos algumas perguntas que você pode fazer ao facilitador antes de considerar fazer terapia com ele:

  • Qual é a sua formação como counsellor? Você possui algum credenciamento nacional ou internacional?
  • Que abordagem ou teoria você usa durante a terapia de conversa?
  • Qual é o número médio de sessões para um paciente padrão?
  • Há quanto tempo você atua como counsellor?
  • Quais são as taxas para cada sessão?

Embora você possa formular perguntas paralelas, essas cinco servirão de base para testar as habilidades, as competências e as intenções da pessoa que oferece o serviço. Lembre-se de que a terapia da fala não substitui a mediação de um psicólogo ou psiquiatra. Nem tudo pode ser tratado pela mão de um counsellor.

Por exemplo, transtornos mentais como a depressão exigem mais do que terapia de conversa. Ainda assim, é uma alternativa viável em alguns contextos. Convidamos você a experimentar para explorar seu alcance e suas repercussões na resolução de seus conflitos. Se achar que necessita de ajuda mais especializada, não hesite em consultá-la.



  • Larsson, P., Brooks, O., & Loewenthal, D. Counselling psychology and diagnostic categories: A critical literature review. Counselling Psychology Review. 2012.
  • West, W. Some ethical dilemmas in counselling and counselling research. British Journal of Guidance and Counselling. 2002; 30(3): 261-268.

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