Alzheimer

O aumento da expectativa de vida está relacionado ao aumento da prevalência da doença de Alzheimer. Descubra uma das doenças que mais cresce nos últimos anos.
Alzheimer

Escrito por Mario Ferrero

Última atualização: 15 março, 2021

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela destruição dos neurônios do cérebro e pela diminuição da massa cerebral. É a forma mais comum de demência.

Aparece a partir dos 65 anos, embora as chances de apresentá-lo aumentem com a idade. Esta doença incurável e terminal é caracterizada por sintomas nos quais persistem as perdas de memória de curto prazo.

Manifestações e sintomas

As primeiras manifestações e sintomas, conforme já dissemos, estão relacionados à perda de memória. Os distúrbios de memória diretamente relacionados ao Alzheimer que levam à suspeita do aparecimento da doença são:

  • Incapacidade da pessoa para se lembrar de onde deixa objetos de uso frequente.
  • Esquecer eventos recentes que contrastam com a capacidade de lembrar eventos que aconteceram em tempos distantes.
  • Dificuldade ou incapacidade de aprender coisas novas ou reter novas informações.

As mudanças observadas em nível celular no cérebro de uma pessoa com Alzheimer são a perda de neurônios e de sinapses no córtex cerebral. De fato, essa destruição dos neurônios está relacionada ao aparecimento de depósitos extracelulares insolúveis, conhecidos como placas amiloides, e intracelulares, conhecidos como emaranhados neurofibrilares. Isso acontece mais intensamente em pessoas com Alzheimer do que em idosos saudáveis.

As manifestações ou sintomas aos quais a deterioração do córtex cerebral leva são:

  • Declínio da memória.
  • Afasia: distúrbio de linguagem, dificuldade para se comunicar.
  • Apraxia: incapacidade de executar movimentos coordenados.
  • Agnosia: incapacidade de identificar as informações que chegam através dos sentidos.

Esses sintomas vão aparecendo conforme a doença progride e não precisam se manifestar todos de uma vez.

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Estágios da doença de Alzheimer

O quadro clínico de uma pessoa que sofre desta doença se apresenta de diferentes formas dependendo do estágio da doença em que ela se encontra, e também em função da dependência dos doentes em cada estágio. Podemos diferenciar 3 estágios:

Estágio leve

Quando o Alzheimer começa a se manifestar, a pessoa passa a sofrer leves perdas de memória, além de alterações de humor e dificuldades para realizar tarefas comuns do dia a dia. Os pacientes também sofrem de apatia e isolamento, mas continuam sendo independentes.

Estágio moderado

É a fase mais prolongada. Nesse momento, os pacientes passam a precisar de ajuda para realizar ações que envolvem complexidade, mas ainda são capazes de realizar tarefas simples.

Conforme essa fase avança, os pacientes ficam mais desorientados e se esquecem de eventos recentes, até mesmo a sua história pessoal e a das pessoas ao seu redor.

Estágio grave

Durante esse estágio, os pacientes perdem a capacidade de se alimentar sozinhos, de se comunicar, de reconhecer outras pessoas e perdem o controle das suas funções corporais. Os pacientes neste estágio se tornam totalmente dependentes.

Causas e fatores de risco da doença de Alzheimer

Não existe uma causa específica e confirmada que seja responsável pelo desenvolvimento desta doença. No entanto, estima-se que ela seja causada pela combinação de uma suscetibilidade genética juntamente com a exposição a fatores ambientais, por exemplo.

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Foi observado que há vários fatores de risco que aumentam as chances de sofrer desta doença, tais como:

  • Idade: é o principal fator de risco, uma vez que a prevalência da doença dobra a cada 5 anos a partir dos 65 anos. Conforme a expectativa de vida vai aumentando, também aumenta o número de pessoas que sofrem de Alzheimer.
  • Fatores genéticos: existe um claro componente genético na possibilidade de desenvolver a doença. Foram observados vários genes implicados, localizados nos cromossomos 14 e 21, que são transmitidos com herança autossômica dominante.
  • Histórico familiar de demência: cerca de 40% das pessoas afetadas têm um histórico familiar de demência.
  • Sexo: há o dobro de prevalência em mulheres em relação aos homens, mas isso provavelmente se deve à maior longevidade do sexo feminino.

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Prognóstico da doença de Alzheimer

O prognóstico da doença é desfavorável, pois a evolução leva inevitavelmente à incapacitação total da pessoa afetada e à morte em um tempo médio de 15 anos.

No entanto, atualmente, contamos com medicamentos que nos ajudam a diminuir a taxa de progressão da doença e a controlar os problemas comportamentais que as pessoas com Alzheimer desenvolvem.

São utilizados medicamentos anticolinesterásicos que permitem um maior tempo de ação da acetilcolina na sinapse. Por exemplo, a donepezila, a galantamina e a rivastigmina. Em estágios mais avançados, é usada a memantina.



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  • Luis Fontán. La Enfermedad de Alzheimer: elementos para el diagnóstico y manejo clínico en el consultorio.
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