9 mitos sobre o amor, de acordo com a ciência

Ter um filho consolida um relacionamento? O ciúme é um sinal de amor verdadeiro? Os opostos se atraem? Vamos mostrar o que a ciência diz sobre esses e outros mitos sobre o amor.
9 mitos sobre o amor, de acordo com a ciência

Escrito por Daniela Andarcia

Última atualização: 01 abril, 2021

A maioria de nós tem uma ideia preconcebida sobre o amor, os mitos, as séries e os contos de fadas. Eles têm muito a ver com essa construção social, mas o que a ciência diz sobre esse assunto?

Primeiramente, devemos diferenciar o amor conjugal de qualquer outro tipo de afeto; assim, será possível definir com maior precisão os seus sentimentos e os comportamentos a eles associados.

Se o que te interessa é descobrir os mitos sobre o amor de acordo com a ciência, a seguir, vamos compartilhar os principais.

9 mitos sobre o amor desmascarados pela ciência

Atualmente, há uma multiplicidade de casais e, por isso, são variadas as nuances sentimentais presentes nos relacionamentos; dessa forma, é um bom recurso obter alguns dados que vão ajudar a cometer menos erros.

1. Conceber um filho fortalece um relacionamento

Os mitos sobre o amor incluem a formação de uma família.
Para ter filhos em um ambiente estável é preciso ter muita maturidade emocional e conjugal.

Ao contrário do que muitas vezes se acredita, a chegada de um filho pode ser o início de uma crise que acaba prejudicando o relacionamento até que acaba fazendo com que se rompa. De acordo com um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology, a felicidade nos relacionamentos conjugais, em média, tende a diminuir com a chegada dos filhos.

Isso não significa que o casal não vai amar o filho, nem que esta seja uma constante em todos os relacionamentos, mas, de fato, em um número significativo de casais, os desafios crescentes acabam complicando alguns aspectos, como, por exemplo, o financeiro.

Portanto, quando uma criança é concebida com a ideia de que isso vai melhorar o relacionamento, é provável que só aumentem as complicações.

Por esse motivo, recomenda-se um planejamento que leve em consideração as diversas mudanças envolvidas em ter um ou mais filhos.

2. O ciúme é um sinal de amor verdadeiro

Embora do ponto de vista cultural o ciúme seja validado como uma manifestação de amor, a ciência o relaciona a uma demonstração de insegurança e ao medo de ser abandonado . Não importa quanto afeto seja dado ao seu parceiro ciumento, ele não consegue se sentir seguro.

Para que isso possa ser solucionado, recomenda-se trabalhar os problemas de ciúme e insegurança individualmente, juntamente com um especialista. Da mesma forma, lembre-se de que provocar o ciúme do seu parceiro intencionalmente, além de ser um comportamento infantil, pode ser contraproducente.

Os homens, por um lado, geralmente ficam agressivos ou chateados, enquanto as mulheres tentam melhorar a si mesmas ou a vários aspectos do relacionamento.

3. Procurar terapia apenas se o relacionamento estiver com problemas

Os altos e baixos nos relacionamentos são mais comuns do que geralmente se imagina, mas saber quando procurar ajuda profissional é fundamental. As pessoas geralmente procuram a terapia de casal quando já é “tarde demais” e certos aspectos positivos acabam sendo afetados.

A terapia preventiva é uma boa opção que ajuda bastante a evitar que isso aconteça, pois fornece ao casal ferramentas para amenizar os momentos difíceis que podem ocorrer durante o relacionamento, ajudando para que ele não chegue ao ponto final.

4. O amor tem data de validade

Isso não é inteiramente verdade, pois um estudo publicado na Social Cognitive and Affective Neuroscience descobriu que os sentimentos das pessoas que tiveram um relacionamento de uma, duas ou até três décadas eram tão fortes quanto os de alguns relacionamentos com menor duração.

Essa conclusão se deve ao fato de que, durante o experimento, as áreas cerebrais de vários dos voluntários desses dois tipos de relacionamento reagiram da mesma forma ao ver as fotos dos seus parceiros.

Sem prejuízo do anterior, tenha em mente que o “amor eterno” é uma construção de comunicação, empatia e respeito, entre outras coisas.

5. Se os encontros sexuais diminuírem, é porque não te amam mais

A perda do desejo sexual pode ter vários motivos, mas o menos frequente é a ausência de afeto; pelo contrário, a diminuição da libido está muito mais ligada à presença de altos níveis de ansiedade e estresse. Esses fatores costumam fazer com que as pessoas tenham cada vez menos tempo e energia para cultivar o relacionamento.

Mas, para que isso possa ser detectado, é preciso ter uma boa comunicação que, com paciência, planejamento e entusiasmo, pode ajudar a recuperar o estado normal dos encontros sexuais. No entanto, lembre-se de que a libido diminui em todos os relacionamentos com o passar do tempo.

6. Para que o relacionamento seja bem-sucedido, um dos dois deve ceder

Uma premissa perigosa e nada saudável ligada à clássica visão do amor presente nos livros, mas que pode ser prejudicial para os casais reais. Isso porque a palavra ceder está ligada a se submeter, seja para não discutir, por medo ou para simpatizar.

Em geral, essa prática contínua leva a um estado de infelicidade no relacionamento; então, a palavra ceder deve ser substituída por um acordo ganha-ganha, onde ambos investem igualmente, com base no respeito e na confiança que, por sua vez deve, ser nutrido pela individualidade de cada um.

7. Pessoas com diferenças marcantes se atraem

Os mitos sobre o amor incluem a aceitação das diferenças.
Diferenças marcantes de personalidade podem trazer mais problemas do que benefícios.

Essa premissa pode ser facilmente traduzida como “os opostos se atraem”, e essa frase popular pode se materializar quando o casal se conhece. É possível que seja essa diferença que chame a atenção e abra a porta para começar a primeira conservação com o futuro marido ou esposa.

Mas, quando as diferenças são muito marcantes e há discordâncias quanto a alguns valores fundamentais para o outro, é aí que tudo se acaba. Um número significativo de pessoas com relacionamentos estáveis e duradouros compartilham muitos aspectos e preferências e essa compatibilidade contribui para que o relacionamento seja harmonioso a longo prazo.

Existem até mesmo estudos com animais que mostram que casais com gostos semelhantes geralmente são melhores pais do que aqueles que não são dessa forma.

8. Só o amor já é o suficiente

Só o amor não é o suficiente para ser feliz. Embora seja verdade que ele seja importante para iniciar um relacionamento, para mantê-lo, é necessário mais do que isso. Estabilidade financeira, respeito, empatia e comunicação, por exemplo, são valores importantes que podem determinar a duração do compromisso.

Assim, os projetos compartilhados também trazem um diferencial para o fortalecimento dos casais. Dessa forma, ao iniciar um namoro, lembre-se se esses aspectos estão presentes na relação.

9. Para terminar o relacionamento, o amor deve acabar

Quando há diferenças irreconciliáveis, é melhor contemplar o rompimento do compromisso, mesmo que ainda existam emoções positivas em relação ao parceiro. Quando já se tentou resolver os problemas, mas eles persistem e se agravam, o mais saudável é não lutar contra o inevitável e terminar o relacionamento.

Essa decisão permitirá cultivar bons desejos para o outro e não vai distorcer as lembranças das experiências gratificantes durante o relacionamento.

O que lembrar sobre os mitos sobre o amor?

Embora seja verdade que o amor é a chave para começar um relacionamento, um dos mitos sobre ele é o de que ele seja decisivo para permanecer no relacionamento. Outros fatores, tais como gostos em comum, respeito, comunicação e empatia ganham força e podem inclinar a balança a favor ou contra o compromisso com um determinado parceiro.

Por outro lado, ter expectativas realistas é uma boa ferramenta para que os casais saibam quando devem ou não assumir novas responsabilidades, como, por exemplo, ter um filho. Da mesma forma, isso será útil se você tomar a decisão de salvar ou terminar o seu relacionamento.



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