4 sinais de alerta de fígado gorduroso
O fígado gorduroso é uma doença hepática que pode ser causada por várias causas diferentes. No entanto, o resultado é sempre uma inflamação que compromete a função desse órgão e a saúde geral. É um problema que pode ser regulado através da alimentação.
Deve-se notar que há uma série de sinais que alertam para o aparecimento da referida patologia. É importante conhecê-los e estar atento a eles, pois detectar o problema a tempo facilita sua possível solução e reduz o risco de complicações.
O que é a doença hepática gordurosa?
Este nome refere-se a uma doença que pode se manifestar de duas maneiras diferentes:
- Fígado gorduroso simples: ocorre acúmulo de gordura no tecido hepático, mas não há dano celular ou inflamação exagerada. Geralmente não causa complicações graves.
- Esteatose hepática não alcoólica: neste caso, há inflamação estrutural e dano celular. Nas formas mais extremas, gera-se fibrose que condiciona o funcionamento do órgão. Esse problema pode até levar à cirrose ou câncer de fígado.
Causas do fígado gorduroso
A doença hepática gordurosa geralmente tem um componente dietético. A causa mais frequente desta situação é a ingestão recorrente de álcool, como evidencia um estudo publicado na revista Digestive Diseases. Além disso, ser obeso é outro dos fatores de risco que precipitam seu aparecimento.
Não só o consumo de álcool é um gatilho para o fígado gorduroso, mas outros hábitos alimentares podem influenciar o aparecimento da patologia. Um deles é a ingestão regular de açúcares simples, especificamente a frutose.
O perigo desse carboidrato não vem do consumo da fruta propriamente dita, mas da adição da substância a bebidas açucaradas e refrigerantes. Isto é confirmado pela pesquisa publicada no Journal of Hepatology.
A frutose não é apenas responsável pela inflamação do fígado que leva ao acúmulo de gordura no fígado, mas a ingestão de glicose também está associada a um risco aumentado desse problema. Em geral, o consumo de doces [e capaz de aumentar a incidência da doença. Por esta razão, recomenda-se basear a dieta em alimentos frescos.
Outros fatores de risco
Além dos hábitos alimentares mencionados, existem outros fatores de risco que podem aumentar a predisposição ao desenvolvimento de esteatose hepática. Destacam-se os seguintes:
- Sofrer de diabetes, síndrome metabólica ou pressão alta.
- Alta quantidade de lipídios no sangue.
- Ingestão frequente de corticosteróides.
- Hepatite C.
Como você pode ver, muitos desses fatores de risco ainda estão intimamente relacionados à dieta. O fato de manter um peso corporal adequado reduz o risco de acúmulo de gordura no fígado.
Da mesma forma, a ingestão regular de alimentos de origem vegetal e peixes é considerada protetora. No entanto, tanto as dietas muito ricas em carboidratos, como as hipercalóricas ou as que contêm alimentos industrializados e gorduras trans, favorecem o ganho de gordura subcutânea e orgânica.
Diagnóstico de fígado gorduroso
Para diagnosticar a doença é necessário realizar um histórico médico completo e um exame físico. Os exames de sangue podem ser úteis para detectar esse problema, já que as transaminases altas são frequentemente encontradas naqueles indivíduos que desenvolveram a patologia.
Via de regra, é uma doença silenciosa que não apresenta muitos sintomas até que já esteja muito avançada. Nesse momento começa a ser perigoso e o risco de virar cirrose é alto.
Sinais que alertam para a presença de gordura no fígado
Apresentaremos uma série de sinais que podem alertá-lo sobre a presença ou o desenvolvimento dessa doença.
1. Consumo regular de álcool
Como já dissemos, a ingestão habitual de bebidas alcoólicas está intimamente relacionada ao acúmulo de gordura no fígado. Bebedores regulares e pessoas dependentes dessa substância têm grande probabilidade de chegar a uma situação em que o órgão deixa de funcionar corretamente, devido à inflamação e ao acúmulo de tecido adiposo.
2. Coloração amarela
Muitas vezes, o médico realiza um exame físico para procurar manchas amareladas no corpo ou nos olhos (icterícia). Isso indica sinais de cirrose, que podem estar intimamente ligados à formação de fígado gorduroso. No entanto, se essa condição ocorrer, significa que a patologia já está avançada e é perigosa.
3. Excesso de peso
O ganho de peso pode estar relacionado ao aparecimento de fígado gorduroso. O acúmulo de gordura subcutânea geralmente está de acordo com a presença de lipídios nos órgãos que dificultam sua função.
Por esse motivo, se você está acima do peso, deve iniciar um plano de emagrecimento com um profissional. Esta condição tem demonstrado estar intimamente relacionada com a maioria das doenças crônicas e complexas que são diagnosticadas hoje.
4. Exames de imagem
Como a doença hepática gordurosa geralmente apresenta poucos sintomas, às vezes são necessários exames de imagem para confirmar o diagnóstico. Com essas técnicas, pode-se identificar fibrose ou cicatrização tecidual, indicando envolvimento do órgão. Em certos casos, é necessário realizar uma biópsia para determinar a gravidade do dano.
Tratamento para o fígado gorduroso
Apesar de os casos mais graves serem tratados com medicamentos, há uma série de medidas dietéticas que devem ser levadas em consideração para reduzir a inflamação e o acúmulo de tecido adiposo.
A primeira diretriz é perder peso. Isso pode ser alcançado de várias maneiras. Por exemplo, o jejum intermitente demonstrou ser eficaz nesse sentido. Também a redução de hidratos de carbono na dieta é um ponto de apoio. Tudo isso aliado à prática de exercícios.
O mais aconselhável é propor uma diretriz alimentar que restrinja tanto o álcool quanto os produtos industrializados ultraprocessados. Desta forma, será regulado o consumo de açúcares simples, nutrientes intimamente relacionados com o excesso de peso e problemas hepáticos e pancreáticos. Isso é evidenciado por um estudo publicado na Critical Reviews in Clinical Laboratory Sciences.
Além disso, os ácidos graxos trans também devem ser evitados, pois estão associados à inflamação sistêmica. Eles aparecem ao submeter os lipídios a altas temperaturas, o que causa uma mudança em sua configuração espacial. Ao mesmo tempo, é necessário aumentar a ingestão de ácidos graxos ômega 3.
A importância dos antioxidantes
Também é essencial garantir um fornecimento constante de antioxidantes através da dieta. Essas substâncias são capazes de reduzir o aparecimento de radicais livres e modular a inflamação, que afeta diretamente o funcionamento de muitos órgãos, inclusive o fígado. Para cobrir as necessidades, recomenda-se a ingestão regular de vegetais, tanto frutas quanto vegetais.
Existem até certas plantas, como o cardo mariano, com atividade hepatoprotetora. É um tratamento natural complementar à farmacologia que alcança bons resultados, segundo pesquisa publicada na revista Phytotherapy Research.
Por fim, lembre-se de que, embora uma alta ingestão de proteínas tenha sido associada a um risco aumentado de desenvolver problemas hepáticos no passado, atualmente não há evidências sólidas disso. Dietas ricas em proteínas são consideradas seguras para a saúde e, em muitos casos, recomendadas.
Fígado gorduroso: uma patologia ligada a maus hábitos
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do fígado gorduroso estão relacionados aos hábitos de vida. A má alimentação e o sedentarismo geram obesidade, um terreno fértil para o acúmulo de gordura na região do fígado.
Se pretende prevenir esta patologia, evite o consumo de bebidas alcoólicas e refrigerantes açucarados. Ao mesmo tempo, procure limitar a ingestão de doces e alimentos industrializados ultraprocessados com alto teor de gorduras trans e açúcares.
Em vez disso, inclua alimentos frescos, especialmente vegetais, em sua dieta. Frutas e vegetais contêm antioxidantes necessários para o bom funcionamento dos órgãos e para prevenir o aparecimento de patologias complexas. Por sua vez, o peixe possui ácidos graxos capazes de modular inflamações no organismo, como os da série ômega 3.
Não se esqueça de se exercitar com frequência para garantir o bom funcionamento muscular e evitar o ganho de massa gorda, tanto subcutânea quanto orgânica.
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